Fazer sexo com quem amamos é a melhor coisa do mundo, certo? Porém, às vezes, a rotina faz com que muitos casais percam o pique, a frequência e a até mesmo a satisfação na hora H. No entanto, os mais criativos dificilmente passam por essa situação, visto que não faltam opções de sexo para apimentar a relação.
Este é o caso do sexo tântrico, que, diferente do “convencional”, promove uma nova consciência corporal durante o ato, onde o casal pode aprender os segredos de como transformar uma noite de sexo em uma experiência muito mais intensa e natural.
O tantra, nada mais é do que uma filosofia comportamental, criada há mais de 5 mil anos na Índia, que trata basicamente de relaxamento, aceitação e entrega, não tendo nenhuma relação com controle ou poder, seja através da mente ou do corpo físico.
A sexualidade é uma das facetas mais conhecidas desta espécie de ciência espiritual. Principalmente por casais que buscam o desenvolvimento da consciência, percepção dos sentidos e sensibilidade.
Nesta prática, a troca de energias é vital. É ela quem irá gerar disposição para que os orgasmos durem mais tempo e sejam incríveis. Mas, para chegar a esse ponto, é preciso investir em treinamento - e muitas vezes isso implica em rever o estilo de vida.
“Mas, essa mudança costuma acontecer sozinha, sem nenhum esforço. O Tantra é para ser vivido, experimentado, aplicado no dia a dia. Não há dogmas sobre a maneira certa de se fazer as coisas e nenhum script que você tenha que seguir”, explica Anand Siddhen, especialista em processos tântricos há mais de 16 anos.
O prazer é máximo, com relações sexuais que podem durar horas, nas quais o orgasmo é visto como consequência do ato, e não como finalidade. Porém, isso não quer dizer que ele não exista.
De acordo com Siddhen, o orgasmo existe sim e em diversas profundidades. “Nesta prática, o prazer sexual é o conjunto todo: a sua mente, seu corpo e seu espírito [...] A essência é o que o sexo pode ser muito mais do que uma simples experiência física. É um ato muito íntimo envolvendo deliciosamente longas sensações de amor, prazer e conexão espiritual”, diz o terapeuta.
Sendo assim, a satisfação se dá por meio da excitação gerada a cada toque e carícia, esquecendo-se um pouco das partes íntimas. Mas é claro que, para os homens, é um pouco difícil não pensar com a cabeça de baixo nessas horas, por isso, o autocontrole é muito importante.
Siddhen ainda lembra que não há restrição de idade para a prática do sexo tântrico, embora seja um tema completamente adulto. Além disso, não tem relação alguma com o Kama Sutra.
AS MULHERES
Um dos pontos de destaque do sexo tântrico é o poder feminino, que é visto como uma “divindade” responsável por conduzir a transa tântrica.
Elas podem seguir com a relação de várias formas e em diversas posições, especialmente aquelas em que a mulher fica por cima. No entanto, os papéis devem ir se invertendo ao longo do processo, para que ambos possam sentir prazer juntos.
“É AGORA!”
No sexo tântrico, o casal desenvolve todos os sentidos, o que proporciona sensações e emoções diferentes das alcançadas em uma relação sexual normal.
Uma das “conseqüências” mais esperadas pelos casais é o hiperorgasmo, que, diferente de um orgasmo comum, é aquele que você sente no corpo inteiro e não só nas zonas erógenas. Todo o corpo fica envolvido pela sensação orgástica, durante alguns segundos, que arrepia e perpassa por toda a coluna vertebral.
“Além dos benefícios eróticos óbvios de um orgasmo corporal, o sexo tântrico permite uma conexão muito mais profunda e mais estreita com o seu parceiro(a). Ele liberta a mente e o corpo de uma maneira que você provavelmente nunca sentiu antes”, explica Siddhen.
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No sexo tântrico, as mulheres são vistas como uma “divindade” responsável por conduzir a relação
FOTO: ThinkStock
DICAS
Anand Siddhen explica que muitos casais podem fazer um curso de sexo tântrico para aplicá-lo na vida íntima. Mas, quem quiser experimentar a ideia antes de procurar um centro especializado pode testar algumas dicas em casa mesmo. Confira.
#1 – Tempo e sincronia. A questão do tempo costuma ser bastante relativa no sexo tântrico, visto que é feito sem pressa. “Às vezes, uma “rapidinha” pode ser tão tântrica quanto uma relação que dura 3,4 ou 5 horas. Nos dois tipos o que vale é a entrega, sincronia e cumplicidade”, afirma o terapeuta.
#2 – Ambiente. Para dar um clima especial, apague as luzes e acenda algumas velas ou incensos.
#3 – Explore o outro. Na relação tântrica, em vez de concentrarem sobre a divisão de vocês, pensem em ambos como uma só consciência, um único ponto de prazer.
#4 – Não tenha pressa. Aqui, a troca de carícias e massagens não combina com rapidez ou pressão. É preciso saborear a experiência, sem focar tanto na conclusão.
#5 – Expresse-se com sons. Gritar, suspirar ou sussurrar ajudam a espalhar a energia pelo corpo.
#6 – Fique de olho em tudo. Antes de se deitar, imagine todo o prazer que você sente com o corpo dela. Contemple-a durante um tempo. O ato visto somente em sua mente pode lhe conduzir naturalmente durante o sexo e reduzir a ansiedade.
Fonte: https://www.areah.com.br/cool/relacionamento/materia/177331/1/pagina_1/o-que-e-e-como-praticar-o-sexo-tantrico.aspx
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