Claro que quis
saber mais sobre essa poesia, e principalmente se haviam outras, ela disse que
tinha esse hábito desde adolescente, sempre colocava em versos o que estava
sentindo, disse a ela que havia adorado e que queria conhecer as outras poesias,
ela ficou de me mandar mais, já que eu havia gostado tanto.
Mas a pergunta
que mais me intrigava era, para quem tinha feito aquela poesia que me mandara?
Teria sido para mim? Será que escreveu aqueles versos pensando em mim? Eu não
podia permanecer com essa dúvida, tinha que perguntar, e a resposta foi
exatamente a que eu queria ouvir, foi para mim sim, havia escrito aqueles
versos inspirada em mim.
Fiquei
encantado com aquilo, como uma mulher tão forte também conseguia conciliar uma
atividade tão delicada quanto escrever poesias, ser uma executiva de um lado e
do outro uma poetiza, ela era realmente incrível, a cada dia ficava mais
envolvido, mais apaixonado. E o fato de abrir esse outro lado para mim
significava que ela estava se envolvendo também, era tudo que eu queria.
Dependendo do
dia nossos e-mails ganhavam um ou outro enfoque, podiam ser um verdadeiro jogo
de xadrez, onde um tentava deixar o outro sem saída, ou podiam ser uma troca de
carinhos, com declarações explícitas de afeto, mostrando o que cada um dos
corações ansiava. Nossos telefonemas eram diários, nos falávamos diversas vezes
ao dia, minha conta do celular deu um pico, chegamos a ficar horas nos falando,
literalmente namorando ao telefone. A vontade de estar com ela era imensa, mas
ainda havia o problema da separação, um processo que foi se arrastando por
tempo demais. Então estávamos limitados ao celular, nem mesmo ao seu encontro eu
podia ir.
Como não me
restavam muitas alternativas tinha que ir conhecendo-a via e-mail mesmo, a
curiosidade era enorme, então eu quase a bombardeava com perguntas, acabei
descobrindo que além de tudo ela tinha uma situação financeira relativamente
confortável, o que lhe permitia certas extravagâncias, nem me atrevo a dizer o
quanto ela gastava com os acessórios que usava, bolsas, carteiras, sapatos, cintos,
perfumes, e principalmente lingeries.
As lingeries
dedicava uma atenção especial, ela que sempre andava muito bem vestida tinha um
carinho especial pela roupa de baixo, os corpetes eram quase que obrigatórios,
não por que precisasse deles para modelar a silhueta, era apenas por que achava
mais sexy, e as meias obviamente eram sete-oitavos, claro que tudo combinando,
ela tinha uma verdadeira coleção de lingeries, poderia passar 3 meses sem
repetir um conjunto, daria para abrir uma loja de lingeries se quisesse.
Podia-se dizer que ela saía de casa vestida para matar.
Claro que à
medida que nosso relacionamento aumentava também aumentava a intimidade, isso
ocorreu de forma natural, minha curiosidade também se estendia ao que ela sentia,
de que forma sentia, como gostava, etc. Amar aquela mulher já era algo
maravilhoso, imagine então fazer amor com ela, deveria ser algo divino. Então
começamos a falar de vida sexual, de preferencias, etc. Isso tornou a troca de
e-mails ainda mais estimulante.
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