domingo, 24 de novembro de 2013

ORGASMO TERAPEUTICO

O orgasmo foi objeto de estudos por parte de Hipócrates e Galeno (400 A.C.) e também por Avicena e Maimonides na Idade Média. Consta na literatura que eles criaram métodos terapêuticos para a estimulação dos tecidos genitais para desencadearem o orgasmo. O tema não é novo e essas práticas tornaram-se comuns, sendo utilizadas até os anos 30, aproximadamente. Naquela época, os médicos prescreviam o orgasmo como um recurso terapêutico para tratar as mulheres com várias enfermidades, sendo a mais comum a histeria, (um conveniente e abrangente “diagnóstico” dado às mulheres que não “conseguiam” se adequar às convenções determinadas pela sociedade). O orgasmo, ou "massagem médica", era prescrita regularmente. Infelizmente, depois de Freud, a medicina aboliu o recurso terapêutico do orgasmo e passou a utilizar-se apenas da psicoterapia.

A maioria das pessoas conhece apenas o orgasmo genital (clitoriano ou peniano), mas é importante que todos saibam que o orgasmo pode adquirir maior intensidade e tempo de duração, e pode ser muito mais amplo do que o normalmente conhecido, que dura alguns poucos segundos. Estou falando aqui do orgasmo de corpo inteiro, denominado Orgasmo Expandido. Um orgasmo expandido é um orgasmo mais intenso e mais extenso do que se descreve habitualmente como um orgasmo comum. Este inclui um espectro de sensações que incluem orgasmos de corpo inteiro, tais quais os descritos por Wilhelm Reich, orgasmos que podem durar de poucos minutos a várias horas. O termo foi criado em 1995 por Patricia Taylor, que o empregou em sua pesquisa sobre experiências sexuais intensas em 44 casais de diversas procedências e num vídeo que produziu em 1998. 
As características que definem o orgasmo expandido são as sensações energéticas e as contrações em todo o corpo, especialmente no abdome, músculos internos, mãos e pés, e claro, nos genitais, como descreveu Reich em seu livro de 1942, A Função do Orgasmo.

A Dra. Taylor descreve os relatórios de praticantes entrando em estados alterados de consciência, o que lhes trazia uma profunda liberação e rejuvenescimento emocional, profundas experiências espirituais, uma consciência que geralmente não se percebe durante os orgasmos comuns, e a percepção da energia que se expande muito além dos limites do próprio corpo. Também podemos encontrar relatos de experiências similares em estudos realizados pela Dra. Jenny Wade e por David Deida. A Dra. Taylor afirma que os homens têm as mesmas probabilidades que as mulheres de entrar nestes estados e ter estas mesmas experiências. Adicionalmente, tanto Brauer, como Bodansky, tratam sobre o orgasmo expandido masculino. As teorias sobre os processos biológicos requeridos para entrar nestes estados incluem a estimulação e elevação progressiva e equilibrada dos sistemas simpático e parassimpático.

O orgasmo é um dos melhores e mais eficientes tratamentos reguladores das disfunções hormonais. É um recurso natural e gratuito, disponível para homens e mulheres em qualquer faixa etária, a partir da maturidade dos seus centros sexuais.
Conforme estudo publicado pela Universidade de Michigan, o orgasmo aumenta os níveis de estrogênio e libera ocitocina, reduzindo o cortisol, o principal hormônio do estresse elevado crônico, quadro muito comum entre as mulheres de todas as épocas, mas principalmente nos dias de hoje, em que a demanda de responsabilidades sobre a mulher tem crescido consideravelmente.

Além da redução dos níveis de cortisol no sangue, os níveis de ocitocina aumentam em 5 vezes após uma forte experiência orgástica. Níveis mais altos de ocitocina fazem a pessoa se sentir feliz, enquanto baixos níveis de ocitocina estão relacionados à depressão e a níveis mais baixos de hormônio tireoidiano. A ocitocina também estreita a vinculação afetiva entre mãe e bebê e entre parceiros.

E ainda tem mais…

O orgasmo reduz a dor pela metade, sem alterar a sensibilidade.
O orgasmo aumenta a fertilidade, aumentando a pressão negativa dentro do útero - quando a ocitocina é liberada após o orgasmo, as contrações uterinas aumentam a sucção do sêmen no colo do útero. A ocitocina pode aumentar a densidade óssea, evitando doenças ósseas como a osteoporose.

Qualquer pessoa que deseje manter-se em perfeito equilíbrio funcional necessita de doses intensas de orgasmos. A falta do orgasmo ou orgasmos insatisfatórios causam desequilíbrios no corpo físico, na mente, nas emoções e na dimensão espiritual do ser.


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