Noiva do milionário americano Gerald Blake Lee, fundador da Azul Linhas Aéreas, Lola Benvenutti, ex-prostituta, ganha a vida ensinando mulheres a ter prazer na cama.
Por: Ana Carolina Soares
Aos 24 anos, Lola Benvenutti se aposentou. Dos 17 anos até setembro passado, ela ganhou a vida como prostituta. Era uma opção. Filha de um militar com uma dona de casa, Gabriela Natalia Silva formou-se em Letras na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mas criou um nome de guerra, Lola, e com ele, decidiu trabalhar com o que mais lhe dava prazer. O sexo.
Moça bonita de classe média, educada e sem pudor para dar as caras e falar abertamente sobre sua atividade, ela ganhou fama em programas de televisão. Lançou o livro O Prazer é Todo Nosso em agosto passado e, no mês seguinte, decidiu parar. “Os atendimentos ficaram monótonos. Deu para juntar uma boa grana”, diz a garota, dona de um apartamento na Rua Frei Caneca.
No início do ano, Lola voltou a ser Gabi em uma virada que parece inspirada no filme Uma Linda Mulher, com Julia Roberts. Em outubro, começou a namorar o milionário americano Gerald Blake Lee, co-fundador da Azul Linhas Aéreas. Em janeiro, mudou-se para a casa dele, em Alphaville.
A aliança Tiffany em seu dedo anelar direito, com o pedido de casamento, veio em maio. Deverá ser uma cerimônia íntima, para poucos, em 2016. Os dois se conheceram em outubro pelo aplicativo Tinder, é o que ela jura. “Se fosse num atendimento, eu não teria problema algum em contar. Ele só vê CNN, não lê jornais em português e não tinha a menor ideia de quem eu era.”
Nessa vida nova, Gabi volta a usar seu nome de guerra em workshops para ensinar um pouco de sua experiência a mulheres. Ela realiza em média seis palestras por mês em um cachê de 2 000 reais cada. “Mantive minha renda da época de prostituta”, conta. Na quarta (10), no Espaço Glória, na Rua Mateus Grou, em Pinheiros, foi realizado um desses eventos. O tema: “Sexo para apimentar o Dia dos Namorados”.
O encontro contou com a presença de doze mulheres, entre profissionais liberais, empresárias e donas de casa na faixa entre 30 e 50 anos. Uma solteira, uma divorciada, e as demais, casadas. Metade do grupo não tinha filhos. Cada uma desembolsou 220 reais pelas três horas de conversa. “Da vez anterior participaram trinta mulheres”, diz Nathália Roberto, uma das sócias da Kind, empresa de consultoria voltada ao universo feminino que promoveu o evento.
Ao chegarem, as participantes foram recebidas com cerveja e vinho. As risadas e os comentários picantes começaram já na mesa de entrada, que ofertava amêndoas, castanha de caju e pão de queijo.
Lola começou o encontro contando sua história e pedindo para que cada uma contasse suas experiências e expectativas, numa espécie de terapia de grupo. Em depoimentos ora emocionados ora humorados, os desabafos se dividiam entre “perdi minha libido e não sei mais o que fazer para reencontrá-la” ou “preciso urgentemente de dicas para levantar ‘a moral’ do meu marido”.
Na sequência, de pernas cruzadas e sandálias de strass, Lola começou a dar suas dicas. Em resumo, as mais publicáveis são:
- “Striptease pode ser interessante. Certa vez, fui contratada por uma república em São Carlos. Eram trinta rapazes e eles quiseram colocar uma música sertaneja, mas pus no CD a música Whatever Lola Wants, de Ella Fitzgerald. Não havia elaborado coreografias, simplesmente dancei e tirei a roupa. Funcionou, mas porque eu estava bem, curtindo aquele momento.”
- “Descubra-se e conheça seu corpo. Sem isso, a conquista e o sexo ficam impraticáveis.”
(CONCORDO)
- “Não precisa de lingerie incrementada para ser sexy. Os homens se encantam pelo olhar, pela segurança da mulher.”
(CONCORDO)
- “Explore o corpo do seu parceiro da ponta dos pés até a cabeça.”
(CONCORDO)
- “Para alimentar fantasias, há uma rede social especializada em fetiches e um sex shop bom e barato no Brás.”
- “Uma opção mais hardcore para apimentar a relação é uma visita a um clube de suingue. Lá, o casal não é obrigado a nada e pode só olhar.”
(O PROBLEMA É SE UM DELES QUISER FAZER, E O OUTRO NÃO TOPAR)
- “Se nada disso funcionar, repense a relação. Quem precisa viver algo que não dá prazer?”
(CONCORDO)
Houve ainda uma sessão com sugestões de aparelhos, roupas e óleos de massagem. No fim, cada pupila ganhou um vibrador de brinde. “Não é só enfeite", avisou Lola.
(ACHO QUE A RELAÇÃO DEVE SER APIMENTADA MESMO, AI CADA CASAL TEM QUE ENTRAR EM ACORDO, SOBRE O PODE OU NÃO PODE FAZER).
Fonte: http://vejasp.abril.com.br/materia/uma-aula-de-sexo-com-lola-benvenutti
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