sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

CASAMENTO NÃO QUER DIZER QUE DOIS SE TORNAM UM

Muitas mulheres passam a vida sonhando com o casamento. Quando encontram um grande amor, ficam dois, três ou até mais anos planejando cada detalhe do tão sonhado dia do casório. Realmente, é um momento único, especial. Mas é só o começo de uma nova fase. Como passam tanto tempo fazendo planos da festa, algumas garotas acabam nem pensando no depois.

E quando se deparam com a vida a dois, surge um turbilhão de dúvidas, erros. Sem mencionar aquele velho ensinamento de que o casal é a laranja e cada um é uma metade que se completa. Não é bem assim. No início do casamento, ambos estão se acostumando a viver debaixo do mesmo teto, acertando uns pontos, corrigindo outros. Nesse momento, é fundamental haver respeito, amor, diálogo – e haja conversa para conciliar tantas vontades.

Há quem pense que confiança é passar a senha do Facebook. Que como já que se casou, só pode sair com o cônjuge. Que tudo o que fizer tem que contar e o outro sempre deve falar também. Isso é jogar sua individualidade no lixo, é deixar sua identidade de lado.

Casar, seja no papel ou não, é unir-se a uma pessoa em prol da felicidade mútua. A personalidade de cada um não precisa mudar, nem deve. Claro que certas coisas mudam, naturalmente, com o tempo. É importante ceder, em prol do bem comum. O que não quer dizer se anular, nem violar sua privacidade. Afinal, o casal é formado por duas pessoas inteiras, que apesar de terem um passado e sonhos, decidem se unir e se complementam.

Intimidade não é contar tudo pro outro como se ele fosse um diário, usar o banheiro de porta aberta. Não mesmo. É perceber que o outro não está bem só ao ver seu olhar. É compreender seus problemas. É contar com seu par para desabafar e em todos os momentos mais difíceis. Conhecer detalhes de suas particularidades mais bobas. Ficar feliz só de ver a sua felicidade.

Mesmo ao juntar as escovas de dentes, com um compromisso para a vida toda, as pessoas continuam sendo elas mesmas. Guardam suas qualidades, defeitos, anseios. É importante preservar também o individualismo de cada um – aquilo que os faz únicos. Tanta gente deixa de lado aquilo que se é para fazer somente a vontade do cônjuge. E depois acabam perdendo sua essência, seu brilho. Cuidado. Se não fizer bem aos dois, o casamento pode ruir.

Namoro é fundamental para conhecer seu parceiro e conquistar intimidade. Uma viagem a dois podem ser linda, mágica. Mas o dia a dia sob o mesmo teto é um desafio. Para que a relação não se desgaste e não caia na rotina, é preciso criatividade, diálogo, confiança e intimidade. Algumas divergências vão surgir, claro. O melhor é sempre tentar contornar com amor, respeito e compreensão. Vez ou outra, um dos dois terá que ceder. Isso é normal. Faz parte da vida a dois.

É preciso compreender que estar casado não é controlar, impor o que você quer ao outro. Prova de amor não é receber a senha do email. É continuar vendo no carinho do outro o mesmo cuidado e amor do início da relação. Esquecer seus gostos e características “em prol do outro” só trará frustrações, pois assim, você se dá demais, consequentemente espera demais e esse retorno não virá. Respeitar seus limites é necessário para que o espaço individual seja mantido mesmo após o casamento. É importante que haja um equilíbrio entre suas vontades, as do parceiro e o que ambos desejam.

 *Laura Rezende está sempre com um bom livro na bolsa. É viciada em escrever. Fala de sexo e relacionamento sem frescuras. Gosta de provocar reflexões; ainda que vez ou outra, gere polêmicas. Acredita no amor e na existência de príncipes encantados (apesar de estarem em extinção), pois tem um representante dessa espécie em casa. Mantém o blog Safadices. Outros artigos de Laura.

Fonte: http://lasciva.blog.br/atitude/casamento-nao-quer-dizer-que-dois-se-tornam-um/

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