segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jornalista conta detalhes sobre as orgias mais exclusivas do mundo no livro ‘Sociedade Secreta do Sexo’

JÁ TEVE UM POST SOBRE ISSO, ACHO QUE FOI NO DIA 13/05.

Por Bárbara Nascimento | Yahoo Mulher

Responda com sinceridade: você já teve curiosidade em participar (mesmo como observador) de uma orgia como a do filme “De olhos bem fechados”, protagonizado por Tom Cruise e Nicole Kidman? Se a resposta é sim, o livro “Sociedade Secreta do Sexo” (editora Leya Brasil) pode ser o ponto de partida para essa aventura.
Para descrever como acontecem as orgias mais exclusivas do mundo, o autor Marcos Nogueira visitou casas de swing, frequentou festas secretas no Brasil e na Europa, e hospedou-se num resort em que o sexo grupal fazia parte da programação diária.

Ele perdeu o preconceito. E apostamos que, após a leitura do livro, você também vai mudar sua opinião sobre esse tipo de festa e quem a frequenta. “A gente de que eu trato em ‘Sociedade Secreta do Sexo’ pode ser aquela quarentona enxuta, com roupa de ginástica, que está à sua frente na fila do supermercado com dois filhos pré-adolescentes. Pode ser a linda morena de 25 anos que começou anteontem no departamento de marketing da sua empresa. Pode ser o gerente da sua conta bancária. Pode ser o chef de cozinha que já virou celebridade. Podem ser os seus sogros. Ou os seus pais. Pode ser qualquer um.”, diz o jornalista Marcos Nogueira na apresentação de seu “diário de bacanais”.

Entrevistamos Marcos Nogueira e ele nos contou curiosidades sobre a sociedade secreta, qual foi a melhor festa que ele frequentou, qual a maior furada e ainda deu algumas dicas para os principiantes.

Yahoo: Quando e como surgiu a ideia para o livro?
Marcos Nogueira: Em 2009 (quando trabalhava na revista "VIP"), surgiu alguém no núcleo masculino falando de uma suruba de luxo que aconteceria em algum lugar de São Paulo. Essa pessoa nos pôs em contato com quem organizava a festa, e acabou que eu e a Cláudia de Castro Lima, que até hoje edita a revista, fomos para lá fingindo que éramos um casal. Escrevemos um texto que deu um bocado o que falar e eu criei um perfil na rede social do grupo que organiza a festa, o Madame O.

O assunto ficou meio esquecido até 2012, quando um amigo que estava fazendo um livro para a Leya me disse que eles estavam buscando autores. Ele sugeriu meu nome a uma das editoras, que pediu para que eu escrevesse para ela. Mas ainda não tinha um tema. Como eu escrevia uma coluna de bebidas na VIP, o natural foi sugerir um livro sobre cervejas (a revista é masculina, e eu gosto particularmente de cerveja... Inclusive, me formei sommelier de cerveja no ano passado). Enquanto escrevia o e-mail, pensei que teria mais chance se mandasse duas sugestões. Lembrei da matéria da orgia. Obviamente foi essa que emplacou. Entrei nesse mundo meio que por acaso.

Y: Qual a melhor curiosidade sobre as orgias?
MN: Pergunta difícil. O que mais me surpreendeu foi o fato de que essas festas – e a comunidade de pessoas que as frequentam – é cheia de regras. O dicionário define "suruba" como bagunça ou desorganização, mas não é nada assim. Você levar seu marido ou sua mulher (e você mesma, é claro) a uma festa de sexo envolve um monte de riscos, não dá para tratar como uma piada ou letra de música dos Mamonas Assassinas.

Y: Quem tem vontade de participar de uma orgia deve começar por onde? Tem um minimanual para os iniciantes?
MN: Tem dois caminhos: buscar o contato com essas comunidades na internet ou começar a frequentar casas de swing. A primeira não tem segredo nenhum: qualquer busca na internet com as palavras "swing" e "blog" vai dar em páginas de pessoas reais que praticam swing. Eu, particularmente, acho mais interessante fuçar anonimamente antes de contatar alguém. Embora seja diferente em vários sentidos de uma orgia particular, a casa de swing permite a qualquer um espionar esse universo sem se comprometer com ninguém. Você vai perceber se gosta ou não da coisa e, se tiver interesse, os contatos certos estarão lá mesmo.

Y: Quais são as principais regras das orgias? Cada uma tem a sua ou é universal? Quais são as regras veladas?
MN: Claro que não existe um código escrito, mas há uma série de regras que derivam da mesma lei fundamental: respeitar os limites dos outros. No livro, eu listo estes sete preceitos que elaborei ao observar o comportamento das pessoas e conversar com elas:
1. Só faça o que for de consentimento geral
2. A negociação entre os casais é feita pelas mulheres
3. Deixe sempre claros os seus próprios limites
4. Respeite os limites dos outros e aceite o “não” com naturalidade
5. Não desrespeite o seu próprio parceiro
6. Cortesia e educação, sempre
7. Higiene e sexo seguro

Y: Quem deve ler seu livro?
MN: Qualquer pessoa adulta e alfabetizada. Meu objetivo é tirar da sombra um assunto que até hoje é tabu.

Y: Quem deveria participar de uma orgia?
MN: Todos podem tentar, mas duvido que todos vão se divertir em uma festa assim. Eu vejo dois grandes obstáculos a serem vencidos pela maior parte das pessoas: o medo da exposição e o ciúme. O primeiro diz respeito a fazer sexo em um lugar público, com outras pessoas olhando e todo o entorno, que envolve sensações visuais, auditivas e (principalmente) olfativas que podem não agradar a todos. O segundo, obviamente, se refere a lidar com o fato de que, para que você possa variar de parceiro, outras pessoas vão transar com seu parceiro. Quem frequenta esse tipo de ambiente costuma não somente superar esses obstáculos, mas também transformá-los em fantasia. Transam em público porque são exibicionistas. E têm tesão em ver outra pessoa fazer sexo com seu parceiro.

Y: Como você se sentiu na primeira festa que você foi? Sua mulher não ficou incomodada em você ir à festa com uma colega de trabalho?
MN: Foi muito estranho. Uma mistura de tesão, estranhamento e repulsa. Claro que minha mulher não achou o máximo, mas ela é amiga da Cláudia, também é jornalista e entendeu a situação. O mais esquisito de tudo isso é que hoje, depois de umas dez orgias e outras tantas visitas a clubes de swing, eu me acostumei. Falo disso com uma naturalidade que surpreende meus amigos.

Y: Qual festa mais incrível que você conheceu?
MN: A de Milão, que descrevo no último capítulo do livro. Ela aconteceu em um palácio neoclássico com 142 ambientes nos arredores da cidade. Centenas de pessoas de toda a Europa acorreram a uma cidadezinha sonolenta no norte da Itália para participar dela. Todos usavam máscaras venezianas e estavam bem vestidos, pelo menos até a hora em que a coisa esquentou de verdade. Foi f... antástico.

Y: E qual delas foi a maior furada?
MN: Uma casa de swing na beira da estrada em Santa Catarina. Não tinha quase ninguém, e quem estava lá era muito estranho. Havia um travesti bêbado que ia ora ao banheiro masculino, ora ao feminino.

Y: Você diz no livro que os casais adeptos da monogamia convencional são denominados como P&B (preto e branco), e apenas os swingers são coloridos. Você também fala que pegou uma certa cor no final. Qual a última vez que você foi a uma festa secreta?
MN: Quando eu escrevo que peguei uma certa cor, isso é uma brincadeira para dizer que, de alguma forma, penetrei na mentalidade das pessoas que pretendia retratar. A última festa foi aqui mesmo, em São Paulo, em março deste ano, na suíte presidencial de um hotel cinco estrelas. O mesmo grupo da primeira festa de que eu participei (e também da festa de Milão) está querendo voltar ao Brasil depois de alguns anos de ausência.

SERVIÇO:
Sociedade Secreta do Sexo
Editora: Leya Brasil

Onde comprar:
Livraria Saraiva – R$ 27,90 (obra física)
Livraria Saraiva – R$ 23,99 (livro digital)
Amazon - U$ 9.89 (livro digital)

Fonte: https://br.mulher.yahoo.com/jornalista-conta-detalhes-sobre-as-orgias-mais-exclusivas-do-mundo-no-livro--sociedade-secreta-do-sexo-215412196.html

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