quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

3 é demais?

Por Lilian Ferreira

"O que é bom [em relacionamentos monogâmicos] é muito bom [em relacionamentos poliamorosos]. Mas o que é ruim, também é péssimo", resume um poliamorista que se relaciona com sua esposa e a namorada do casal. O TAB conversou com diversos adeptos e todos dizem que, ciúmes à parte, o rompimento ocorre por problemas comuns a qualquer relacionamento; distância física, brigas cotidianas e falta de tempo, por exemplo.

Andreza Hack de Abreu, 38 anos, de Porto Alegre, tem um relacionamento aberto há dois anos. Por três meses ela e o marido viveram com uma amiga dela. "Nós vivíamos os três sempre juntos, banho, escovando os dentes, cozinhando. Mas quando ele não estava junto ela não ajudava em atividades da casa, como fazer compras, lavar, cozinhar. Isso foi motivo forte de brigas. Na hora do sexo ela estava disposta, mas pra lavar a louça era eu e ele. Aí não deu certo", conta.

(ISSO É BEM COMUM EM MUITOS RELACIONAMENTOS, INDEPENDENTE SE É POLIRELACIONAMENTO OU NÃO).

Mas nem todos os relacionamentos poliamorosos exigem que os namorados se envolvam em 100% dos processos. Segundo Franklin Veaux e Eve Rickert, do site morethantwo.com e sumidades no assunto, geralmente as atividades são separadas.




Isso porque o poliamor é antes de tudo um polirelacionamento. É a possibilidade de ter dois ou mais relacionamentos simultâneos, que englobam afeto e sexo. O conceito foi definido em 1990, no glossário de terminologia relacional de um evento em Berkeley, nos EUA, e em 1997, no livro "Amor sem Limites", de Deborah Anapol.

A primeira união poliafetiva em cartório do Brasil foi feita em 2012. Até hoje foram feitas cinco delas e, para especialistas, é cada vez mais comum relações nesse formato. De acordo com o antropólogo Antonio Cerdeira Pilão, mestre no tema pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o formato mais comum é de um homem com duas mulheres. Regina Navarro Lins, psicanalista e autora de "O Livro do Amor", diz que em até 30 anos muito mais pessoas devem aderir ao poliamor.

A primeira Conferência Acadêmica Internacional sobre o Poliamor ocorreu em 2013, justamente em Berkeley. Em agosto deste ano, o Brasil teve no Rio seu maior poliencontro, com 180 pessoas. No Facebook, grupos brasileiros sobre poliamor passam dos 10 mil integrantes.

(ACHO QUE ESSA É UMA TENDENCIA, NO FUTURO OS RELACIONAMENTOS TENDEM PARA ISSO, ASSIM COMO AS PESSOAS TENDEM PARA A BISEXUALIDADE, É SÓ UMA QUESTÃO DE TEMPO
DE QUALQUER FORMA, ESSE ASSUNTO É MUITO COMPLICADO, SE RELACIONAMENTO ENTRE DUAS PESSOAS JÁ É COMPLICADO, ÀS VEZES AS DUAS NÃO SE ENTENDEM, IMAGINE COM TRES.
ACHO MAIS FÁCIL TER UM RELACIONAMENTO ABERTO, UM CASAL APENAS, MAS COM LIBERDADE PARA CURTIR OUTRAS PESSOAS, TIPO UMA GAROTA DE PROGRAMA, OU UMA CASA DE SWING, UMA RELAÇÃO A DOIS, MAS SEM ENVOLVIMENTO COM TERCEIROS.
QUANTO A GOSTAR DE MAIS DE UMA PESSOA, ACHO POSSÍVEL. TODO MUNDO TEM PAI E MÃE, E AMA OS DOIS. OS PAIS PODEM TER UM, DOIS, TRES, QUATRO FILHOS, E AMA-LOS DO MESMO JEITO).

Fonte: http://tab.uol.com.br/poliamor

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