Não duvide das discretas, das tímidas, das coroinhas. Existe sexo movido somente por instinto
Por Ricardo Coiro
No ano em que eu completei dezesseis anos, eu saí (diversas vezes) com uma moça estilo Sandy, do tipo que nunca fala palavrões, que só usa vestidos que terminam abaixo da linha dos joelhos e que costuma optar pela palavra “pênis” – ao invés de “pau” – quando precisa se referir, publicamente, ao órgão sexual masculino.
Se foi uma experiência gostosa? Claro que foi. Se foi algo memorável? Tenho certeza que foi. Mas foi mais, meu caro, foi muito mais! Foi uma verdadeira lição de vida, daquelas que, em filmes de ação, geralmente são transmitidas por seres de barba branca e longa.
Com a garota de sorriso pudico e que se vestia como se fosse uma princesinha da Disney eu aprendi a parar de achar que é possível identificar a mulher que curte sacanagem (se é que algo tão bom – e HONESTO! - pode receber esse título) pela cara, forma de se vestir, jeito de dançar e outras superficialidades do gênero.
Quando e como eu aprendi isso? Aprendi no maravilhoso instante em que aquela figura que eu ingenuamente julgava ser imaculada se transformou em uma potente e insaciável máquina de sexo selvagem, e, para a minha surpresa, começou a agir como se estivesse decidida a gastar todo o couro do meu pau.
“Bate na minha bunda, caralho!”, ela gritou, e eu, apesar de muito contente com tal ordem, cheguei a achar que ela estava possuída por algum espírito tarado, ou que nela alguma atriz pornô do passado havia reencarnado. Só que não, irmão, depois de entrar na moçoila mais algumas vezes, eu vi que dentro dela só havia tesão e a coragem necessária para aproveitar, ao máximo e sem pudores desnecessários, o que há de melhor nesta vida: o sexo movido somente por instintos. Fantástico, né? Também acho.
(ELE FALOU UMA COISA IMPORTANTE, TEM QUE TER CORAGEM PRA ISSO)
E sabe o mais louco disso tudo? Aposto que nos primeiros encontros - enquanto eu ainda estava cheio de dedos e com medo de tomar atitudes -, a Silvia Saint à paisana provavelmente já desejava que eu a deixasse cheia de dedos, mordidas, chupões, marcas de tapa e otras cositas más.
E se você acha que apenas as mulheres que parecem frescas surpreendem quando lambuzam os beiços com gosto, sabe de nada, Inocêncio. O mundo também está cheio de garotas que na hora H - apesar de viverem dizendo por aí que transam like a sex machine e que conhecem todas as posições do Kama Sutra - seguram pintos com mãos de alface, como se fossem crianças amedrontadas segurando peixes gosmentos e recém-pescados. Mulheres que sempre se sujam quando chupam picolés, mas que, tristemente, fazem boquetes a seco, sem qualquer sinal de sede.
Por isso, irmão, pare de achar que é possível conhecer o comportamento sexual das pessoas se baseando, apenas, nas roupas que elas vestem, nas palavras que elas usam e na maneira que elas se comportam quando estão fora de quatro paredes. Aliás, como bem disse o Nelson Rodrigues, “Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava”. É verdade ou não é?
Só sei de uma coisa: quem vê cara não vê tesão.
(ACHO QUE TODO MUNDO JÁ PASSOU POR UMA EXPERIENCIA DESSAS, DE CONHECER UMA PESSOA E ACHAR QUE NA CAMA ELA VAI SER ISSO OU AQUILO, E DEPOIS SE SURPREENDER. E A SURPRESA PODE SER POSITIVA OU NEGATIVA,.
NO CASO DELE FOI POSITIVA, MAS TAMBÉM EXISTEM AS DECEPÇÕES)
Fonte: http://www.areah.com.br/vibe/aparencia/materia/97798/1/pagina_1/quem-ve-cara-nao-ve-tesao.aspx
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