quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Cap4 - Pag4

        Ai percebi que a chave que estava em minha mão era de um fabricante diferente do fabricante da fechadura dos armários, então comecei a procurar um armário que tivesse a fechadura do mesmo fabricante da chave que eu tinha em mãos.
        Encontrei um, mas a chave não abriu, encontrei um segundo, quando coloquei a chave na fechadura o celular começou a tocar, era o armário certo, girei a chave e a fechadura abriu, peguei o celular e quando apertei o botão para atender entrou um pedido de senha, era tudo que faltava, ela ter colocado uma senha no celular, o celular continuou tocando, tinha três chances para acertar a senha, tentei o dia do aniversário dela, não era, tentei o meu aniversário, também não era, eu não conseguia raciocinar direito, tentei então a data que nos conhecemos, era minha última tentativa, a senha foi aceita, teclei e atendi a ligação, era ela.
- Parabéns, sabia que você ia conseguir.
- Amor, por que você está fazendo isso?
- Você achou que ia chegar no aeroporto e eu estaria te esperando?.....rsrsrs... Achou que ia ser tão simples assim? Eu não sou uma mulher simples, você já deveria saber disso.
- É, eu sei.
- Agora você terá que achar o taxi de placa XXX-YYYY.
- E o que eu falo para ele?
Ela desligou o celular sem dizer mais nada. Me deixou falando sozinho, sai em busca do tal taxi, isso pelo menos seria mais fácil, era só achar o taxi com aquela placa, fui até o ponto de taxi , chegando lá comecei a procurar o taxi, mas nada dele, olhei de ponta a ponta e nada, comecei a me desesperar novamente, onde estava o taxi? Perguntei aos outros taxistas e nada, ninguém sabia quem era, já estava achando que ia ser um beco sem saída.
        Até que um taxi, que não era daquele ponto, encostou do me lado e disse: “entre, eu vou levar o Sr.”, isso parecia coisa dela, mas por via das dúvidas fui olhar a placa do taxi, era a placa que ela havia me informado. Então perguntei: “e você sabe para onde eu vou?”, ele respondeu: “sei sim”, nem fiz mais perguntas, já sabia do que se tratava, e sabia também que não ia adiantar perguntar nada para ele, também não saberia as respostas, foi contratado do mesmo jeito que o cara da chave.
Ele foi guiando o carro, ainda tentei puxar papo, mas ele se limitava a responder por monossílabos, foi guiando até chegar num luxuoso hotel. Pelo tempo que levamos e pelo aspecto dos prédios do lugar deu para imaginar que era a região da Vila Olímpia. Perguntei quanto era a corrida e ele disse que já estava paga, isso também não foi surpresa. Agradeci e sai do taxi.
Entrei no hotel e me dirigi à recepção, o hotel era um luxo, perfeito para um primeiro encontro, mas a essa altura eu já não duvidada de mais nada, sei lá se dali ela ia me mandar para outro lugar. Cheguei na recepção e nem precisei falar nada, o funcionário me cumprimentou e já foi me entregando uma chave.
        Ai eu tive que perguntar: “Você tem certeza que essa chave é para mim?”, e ele respondeu de pronto: “Sim Sr. Rafael”. Depois dessa resposta eu já não tinha mais dúvidas, ela armou tudo, até o hotel. Eu já não ficaria surpreso se o prefeito de São Paulo em pessoa abrisse a porta da suíte para mim, e antes que eu saísse o funcionário completou: “O Sr. deve pegar o elevador à sua direita, a suíte fica no último andar, quando chegar na suíte é só colocar o cartão na porta”.

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