Abrace sem complexos a esnobe que vive dentro de você. Use vermelho com cor-de-rosa. Coma ostras em casa e vá pra cama antes da meia-noite em pleno réveillon. Estes são alguns dos conselhos do manual "Como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo".
Escrito a quatro mãos (francesas), o livro de 272 páginas chega ao mercado brasileiro no início de novembro pela editora Fontanar e fala dos maus hábitos da parisiense até como segurar uma minissaia. "Amigas de toda a vida", as autoras recorrem sem medo à ironia, ao estereótipo e às contradições da habitante da cidade-luz.
Segundo a modelo Caroline de Maigret e suas três cúmplices na tarefa de desvendar os segredos dessas misteriosas mulheres, as parisienses não se matam para ser amigas dos filhos, não dão duro demais pela aparência e não ligam para dentes super brancos.
(OU SEJA, NÃO ESQUENTAM MUITO A CABEÇA...RS)
Elas adoram azul marinho com preto, bolsas que não combinam com a roupa, e não sonham em subir ao altar usando um vestido bufante - ao contrário, adorariam casar vestindo um smoking, igual ao do noivo.
Grávidas, substituem o clássico "Bloody Mary" (aquele drink que mistura suco de tomate temperado com vodka) por um "Virgin Mary", mas esse é o máximo de santidade que desejam - e os saltos altos só são deixados de lado na sala de parto.
(ISSO PARECE MEIO CONTRADITÓRIO, JÁ QUE ELAS NÃO DÃO MUITO DURO PELA APARENCIA)
Na hora de organizar um jantar em casa, a ideia é aparentar que tudo foi improvisado e sem esforço, mesmo que antes tenha quase morrido de stress. E depois de discutir política, sabem direcionar a conversa para o segundo tópico preferido dos parisienses: "sexo".
As mancadas listadas - ou "faux pas", para não sair da linha - incluem usar jargão corporativo, ter uma foto do casamento na sala de estar ou mais de duas cores no cabelo.
- Você não é santa -
Quanto à infidelidade, a regra de ouro é negar. "O que é bom para você é bom para o relacionamento - você está apenas sendo uma namorada dedicada", sugerem.
(KKKKKKKKKKKKKKKKKK)
Em entrevista à AFP num café de Paris, Caroline de Maigret é a imagem da típica parisiense. Mas esta modelo de 39 anos, embaixadora da maison Chanel, insiste que o objetivo do livro é justamente desmantelar, e não fomentar, estereótipos.
"Como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo" é também assinado por Anne Berest, Audrey Diwan e Sophie Mas. A ideia partiu de Caroline, interrogada mundo afora sobre os segredos da parisiense.
"Eu estava viajando muito e todo mundo me perguntava sobre as parisienses", conta a modelo.
De Maigret diz esperar que o livro seja divertido e mostre que a parisiense sai da linha, mas que sirva também como uma espécie de manual de auto-ajuda para a mulher moderna.
- Tempo para viver -
Como muitas mulheres que combinam maternidade e trabalho, Caroline de Maigret diz que o tempo é seu maior artigo de luxo.
(ACHO QUE PRA TODO MUNDO)
"Adoro ter tempo para almoçar e jantar com calma, e Paris me dá isso", comenta. "Acho que hoje em dia existe muita pressão sobre as mulheres, e mesmo sendo um livro frugal, contém boas doses de feminismo".
Antes de tudo, diz ela, sua intenção é acabar com a ideia de que a mulher parisiense é perfeita. Aberta às excentricidades, pula o café da manhã, leva ostras para comer em casa e se deita cedo na noite de ano novo.
"Esse ideal de mulher que cozinha, cria filhos perfeitos e é estilosa sem esforço é tão clichê", desabafa. "É uma ilusão pensar que é possível ser todas essas mulheres ao mesmo tempo".
"O livro é uma tentativa de explicar que, sim, você é essa mulher, mas não todos os dias, e dizer a todas nós que deixemos de correr atrás desse ideal", agrega.
Ao contrário, Caroline de Maigret aconselha as mulheres a descobrirem quem são e a "concentrarem-se nisso". "Desse jeito, sobra tempo para fazer muitas outras coisas", conclui.
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/ser-parisiense-traia-pule-caf%C3%A9-manh%C3%A3-diz-livro-193213884.html
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