A alternativa - em funcionamento desde fevereiro de 2014, nos Estados Unidos -, possibilita ao usuário a escolha do gênero em que "melhor se encaixa", reforçando a maior capacidade do usuário em se "expressar completamente dentro da plataforma", disse Bruno Magrani, líder de políticas públicas do Facebook Brasil.
E como funciona?
Para ativar a nova função, basta acessar o Facebook, clicar na opção Sobre do perfil e depois, no lado direito da tela, a opção Edite suas configurações básicas de contato.
No tópico gênero, ao clicar em Personalizado o usuário pode escolher entre as mais de 50 opções indicadas pelo Facebook, ou, se preferir, estabelecer um gênero "próprio", de acordo com a escolha do usuário.
Caso não se sinta confortável ou decida "se assumir virtualmente" para um grupo específico de amigos no facebook - familiares, colegas de trabalho, etc... -, o usuário pode ativar a função de controle de visibilidade.
Drag Queen ou Travesti?
Com 92 milhões de usuários ativos no Facebook, o Brasil é o segundo país da América Latina a receber a atualização da ferramenta.
Assim como na implementação do Custom Gender na Argentina - o primeiro país latino a ativar a função, ainda 2014 -, todo o processo de personalização da plataforma foi feito em parceria com grupos e representantes da comunidade LGBTTT.
No Brasil, entidades como a Articulação Nacional das Travestis, Trasexuais e Transgêneros do Brasil, a Antra, além de nomes como o transsexual João Nery, a cartunista Laerte Coutinho, a socióloga Berenice Bento e o deputado federal Jean Wyllys foram convidados para trabalhar na construção da lista de gêneros nacional.
"Era inadmissível que as pessoas transsexuais estivessem pela metade nas redes sociais", disse o Wyllys, que interpreta a ativação da ferramenta como um importante "ato político" para o maior reconhecimento da comunidade LGBTTT no Brasil.
O Deputado aproveitou o próprio Facebook para publicar um vídeo em que comenta o lançamento da ferramenta:
Post by Jean Wyllys.
Segundo Magrani, o Facebook vai ficar atento para que ações marcadas pelo discurso de ódio ou uso de termos "ofensivos" na personalização do gênero não sejam usados dentro da plataforma.
Além de Argentina e Brasil, fora dos Estados Unidos a ferramenta pode ser encontrada no Reino Unido, Canadá, Austrália, Espanha, França, Itália, Alemanha e Dinamarca.
Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2015/03/02/_n_6785998.html?utm_hp_ref=brazil
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