terça-feira, 18 de novembro de 2014

Quanto mais escolarizadas, mais tarde as mulheres viram mães.

Por Brenda_Fucuta

Uma das coisas mais impressionantes, em termos de demografia no Brasil, é a queda no número de filhos nos últimos 50 anos. Cada mulher, nos anos 60, tinha por volta de 6 filhos (!). Hoje, temos, em média, 1,8 filho por mulher (o que significa que nossa população vai diminuir daqui a pouco).

Ao mesmo tempo em que tinham menos filhos, as mulheres passavam a investir mais na educação e na carreira. Resultado: participação crescente no mercado de trabalho (de 13% de mulheres aptas nos anos 60 a mais da metade da população feminina, atualmente) e uma inversão no gap educacional. Hoje, as mulheres são maioria dos formados e pós-graduados do país.

De modo geral, retardamos o casamento (na última década, segundo dados do IBGE, as brasileiras, que se casavam aos 23 anos, passaram a se casar aos 27) e a maternidade. O impacto dessas mudanças foi apresentado ontem, num documentário feito pela agência Design de Causas (da qual sou sócia, para esclarecimento geral) para a revista CLAUDIA, a maior publicação feminina do país. O estudo, chamado Rupturas, mostra como as fases da vida estão sendo reinventadas pelas brasileiras. “Nossas avós não tinham carreira. Nossas mães engravidavam aos 20 anos. Uma mulher de 50 era idosa no século XX. As rupturas das brasileiras têm a magnitude de uma revolução”, diz o estudo apresentado ontem, numa sala de cinema do shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

(CONCORDO, AS MULHERES FIZERAM UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO, PARABÉNS A ELAS)

Na semana passada, outro estudo, desta vez do Ministério da Saúde com base em dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), reforça o que foi apresentado pela revista CLAUDIA: as mulheres estão atrasando a maternidade no Brasil. Quanto mais anos de estudo, mais tarde elas engravidam.

Quando elas têm mais de 12 anos de escola, aumenta a concentração de mães com mais de 30 anos (52% delas). Quando elas têm de 4 a 7 anos de estudo (menos que o ensino fundamental), a maioria (57%) tem filhos entre os 15 a 24 anos. Veja a porcentagem de mães por idade e escolaridade na tabela abaixo.

(PARA MIM ESSE ATRASO DA MATERNIDADE TEM DUAS ORIGENS, UMA É CONSQUENCIA DO CASAMENTO TARDIO, SE ANTES CASAVAM AOS 23 E AGORA CASAM AOS 27, É NATURAL QUE OS FILHOS TAMBÉM VENHAM MAIS TARDE, MAS É CLARO, UMA COISA NÃO IMPEDE A OUTRA, NÃO É PRECISO ESTAR CASADA PARA TER FILHOS.

A OUTRA COISA É QUE A CARREIRA INTERFERE, MULHERES RECEM FORMADAS, INICIANDO NA VIDA PROFISSIONAL NÃO QUEREM FILHOS. TER FILHOS É MARAVILHOSO, MAS TRÁS CONSEQUENCIAS, PRINCIPALMENTE PARA AS MULHERES. A VERDADE É QUE A RESPONSABILIDADE PELOS CUIDADOS COM OS FILHOS RECAI SOBRE A MÃE, POR MAIS QUE HAJA TODO UM APARATO PARA AJUDAR, POR MAIS QUE OS MARIDOS HOJE SEJAM MAIS PARTICIPATIVOS, É A MULHER QUE FICA LIGADA 24 HORAS NO FILHO.

ENTÃO OS FILHOS ACABAM SE TORNANDO UM “PROBLEMA” PARA AS MULHERES, E INTERFEREM NA VIDA PROFISSIONAL. SE ELAS JÁ SOFREM PRECONCEITOS, SE JÁ NÃO TEM IGUALDADE SALARIAL, SE SÃO DISCRIMINADAS, IMAGINE SE TIVER QUE SE AFASTAR PARA DAR A LUZ E DEPOIS CUIDAR DO FILHO?)

Fonte: https://br.mulher.yahoo.com/blogs/mulheres-incriveis/quanto-mais-escolarizadas-mais-tarde-as-mulheres-viram-233318135.html

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