quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

11 belíssimas estradas do mundo para dirigir.

Difícil é se concentrar ao volante. Geleiras, vulcões, praias, mares de azul impossível, serras, túneis escavados na pedra, lagos cristalinos, cachoeiras.... E, ainda, cidades bacanas no caminho. Não faltam atrações nesta seleção.

Icefields Parkway

Uma das estradas mais bonitas das Américas, ela atravessa as Montanhas Rochosas do Canadá e dois parques nacionais, o Banff e o Jasper. A rota pode começar em Calgary, principal cidade da província de Alberta, no oeste do Canadá, pela Interchange 1. Siga 135 quilômetros na direção do Pacífico até Banff e outros 58 quilômetros sentido noroeste até Lake Louise. Pouco antes de Banff, ela entra na reserva florestal protegida. Chegar ao ponto final não parece ser o objetivo aqui, já que, ao longo da rodovia, também chamada Estrada 93, há muitas trilhas, termas, glaciares e os maiores campos de gelo da América do Norte ao sul do Alasca.

California State Route 1

Esta é a estrada clássica do “fly and drive”, aqueles pacotes de turismo com os quais você desembarca e embarca em diferentes aeroportos e faz o trecho entre eles de carro alugado. Se a escolha do primeiro for San Francisco e do último Los Angeles, toda a beleza dessa viagem fica concentrada do lado direito, o do Pacífico. São 730 quilômetros que vão demandar muitas fotos e mais fotos. Depois de curtir San Fran, o melhor está no trecho a partir de Monterey, local com um enorme e lindo aquário. Siga de lá até a romântica Carmel, cidadezinha que já teve como prefeito Clint Eastwood, pela 17 Mile Drive, uma estrada que passa por dentro de um condomínio com mansões maravilhosas. Em Big Sur, entram em cena os abismos e precipícios que você lembrará de ter visto em diversos filmes de Hollywood. Vai ser difícil chegar a Los Angeles.

De Miami a Key West

A Flórida é conhecida pelos parques de Orlando, os pântanos habitados por crocodilos do parque Everglades, pelo sentimento anticastrista da Calle Ocho, em Miami, e pela Overseas Highway, que tem boa parte de seus quase 200 quilômetros correndo por sobre 42 pontes. A Overseas é a seção sulista da famosa Highway 1 e foi erguida no rastro dos trilhos de trem que chegavam a Key West no começo do século 20. O pôr do sol sobre o mar e os corais visíveis da pista são um convite para a distração, então convém discutir de quem é a vez de assumir o volante. Ao chegar a Key West, recompense o motorista com um búrguer no Sloppy Joe’s e um pedaço da famosa torta de lima local.

Ruta 40

A estrada acompanha os Andes argentinos quase de ponta a ponta, fazendo um desvio para o Atlântico no final. Em seus quase 5 000 quilômetros desde La Quiaca, na província de Jujuy, até as proximidades da Terra do Fogo, ela gera momentos e mais momentos de contemplação e meditação. Não é incomum que você passe 200, 300 quilômetros e não veja viva alma. Há trechos de terra e passagens estreitas e perigosas, mas praticamente todos os postais da natureza argentina estão na Ruta 40. Como o glaciar Perito Moreno, em El Calafate, o cristalino lago Nahuel Huapi, versão hermana do lago Ness que banha Bariloche e Villa la Angostura (e onde vive, diz a lenda, o monstro Nahuelito), além dos vinhedos de Mendoza, principal região vinícola argentina.

Douro

Uma estrada que passa por uma cidade chamada Peso da Régua já reclama selfies com placas de sinalização. Mas há mais na Estrada Nacional 222, em Portugal, que parte de Vila Nova da Gaia, conectada com a cidade vizinha do Porto por uma das mais lindas pontes da Europa, em direção à Espanha. Ela é o principal meio de acesso à linda região vinícola do Douro, patrimônio cultural mundial, segundo a Unesco. O trecho (ou "troço", como dizem os portugueses) de 27 quilômetros entre Peso da Régua e Pinhão, que corre sempre junto ao Douro, valeu à EN-222 o prêmio Avis de melhor estrada do mundo de 2015. A 222 também é tida como o caminho mais romântico da Terrinha.

Costa Amalfitana

É mais difícil desgostar desta estrada do que aprender onde começam e onde terminam os mares que banham os países mediterrâneos. Por falar nisso, a Costa Amalfitana, patrimônio da Unesco, é voltada para o Tirreno, porção de belíssimo mar azul-turquesa que orna lindamente com as vilas de casas renascentistas e as ruas de romantismo saturado que aparecem pelo caminho. Ravello, Positano e Amalfi rivalizam em beleza e popularidade – se você é alérgico a multidões, melhor evitar agosto e setembro. A Amalfi Coast Drive se estende por apenas 80 quilômetros, mas a vista impressionante do mar lá embaixo vai exigir concentração e amor pela direção, e, no final da jornada, o relógio vai parecer ter lhe pregado uma peça.

Atlantic Road

São apenas 8 quilômetros, suficientes para você se sentir numa locação do próximo 007. Não, saltar de trens em movimento ou tomar dry martinis nas paradas não está no programa, mas o oceano fazendo questão de entrar na trama garante uma narrativa em que parece só haver clímax. A estrada, que já foi escolhida a “construção norueguesa do século”, é praticamente a soma de 12 pontes baixas sobre os fiordes e conecta Kristiansund e Molde, na Noruega. Em julho, fique para o festival de jazz de Molde. Há diversos mirantes para contemplar a beleza do cenário (e das próprias pontes, que se elevam em curvas dignas de autorama). Fique longe da Atlantic Road em dias de tormenta. Nem as baleias, passíveis de serem vistas na calmaria, gostam de agitação.

Vale do Dades

As estradas bolivianas têm mais frisson – e mais acidentes. Mas a chamada “road snake”, apelido do trecho da R704 que passa pelo Vale do Dades, bem no centro do Marrocos, não perde nada em emoção e é um tanto mais segura. Marrakech é um bom ponto de partida. Tome a N9 rumo sul, na direção de Ouarzazate, onde ficam os principais estúdios de cinema locais – a ponto de a região ser chamada de Hollywood marroquina –, e, de lá, a N10 para Dades. Essa é a hora que você passa a curtir a Regional 704, que, em seu caminho para Agoudal, serpenteia pelas gargantas do Dades. Depois das curvas, a atração é a quantidade de kasbahs, fortificações típicas do Magreb que você também pode visitar.

Cidade do Cabo/Cabo da Boa Esperança

Não é preciso se afastar muito da Cidade do Cabo, para muitos a principal atração da África do Sul, para trafegar por uma das mais bonitas estradas costeiras do continente. Espremida entre a Table Mountain e o Atlântico, a M6 sai da cidade por Bo-Kaap (aproveite para conhecer esse lindo bairro, enclave malaio no Cabo) e segue junto ao mar na direção da Baía Hoot e Kommetjie. O trecho mais cênico, chamado de Chapman’s Peak (pico de 593 metros acima do nível do mar), tem apenas 9 quilômetros e mais de 100 curvas. Depois de passar por ali, siga na direção do Cape Point, parque nacional onde, de fato, fica o ponto de encontro dos oceanos Índico e Atlântico – o Cabo das Tormentas domado pelas naus portuguesas.

Great Ocean Road

Uma das estradas mais cênicas do mundo, ela passa por um dos grandes landmarks da Austrália: os Doze Apóstolos, 12 pedras de calcário que se levantam do mar bem próximo da costa e que fazem jus ao nome que receberam. Em seus 243 quilômetros, de Torquay a Allansford, no estado de Victoria, a pista simples exige atenção. São muitas as curvas e as belezas da paisagem litorânea. Os Doze Apóstolos ficam próximo a Port Campbell. Lembre-se de que a Austrália adota a mão-inglesa e você vai pela pista mais próxima ao mar se trafegar de leste a oeste. Boas bases de partida e chegada são as cidades de Melbourne e Adelaide. Vinícolas, cavernas com fósseis de marsupiais gigantes e parques nacionais se revezam durante o itinerário.

Milford Road

Picos nevados, lagos cristalinos, florestas subtropicais, cachoeiras impactantes, túnel escavado na rocha. O cenário atravessado pelos 120 quilômetros da Milford Road, na Ilha Sul da Nova Zelândia, é digno das melhores antologias de maravilhas da Terra. A estrada é a seção da rodovia 94 que começa em Te Anau, segue à beira do lago homônimo e chega à entrada do Milford Sound, talvez o mais famoso fiorde do Hemisfério Sul e principal atração natural da Nova Zelândia. Da principal cidade da Ilha Sul, Christchurch, a Te Anau são cerca de 650 quilômetros de ótimas estradas. Mão-inglesa, fazer o quê?

(UMA VEZ VI UMAS FOTOS DE UMAS ESTRADAS NA ISLÂNDIA, MUITO BONITAS TAMBÉM.
VIAJAR NUMA DESSAS ESTRADAS JÁ SERIA UM PASSEIO MARAVILHOSO, DIFÍCIL SERIA PASSAR POR TODAS...RS
A VIAGEM SERIA MELHOR DO QUE CHEGAR NO DESTINO...RS)

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2015/12/15/estradas-mundo-bonitas_n_8813790.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário