terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cap2 - pag3

O que mais me atraía era a qualidade das suas respostas, ela era muito inteligente, tanto ou até mais do que eu, isso para mim foi uma grata surpresa. Minhas relações, de um modo geral, sempre foram dominadas por mim, mas com ela isso não acontecia, ela não me deixava dominar, sempre me dava ótimas respostas, eu tentava pega-la e ela me mandava uma resposta ainda melhor, obrigando a que eu me esforçasse muito para devolver a resposta, perdi a conta de quantas vezes fiquei na “saia justa”.
Claro que tanto interesse se transformou numa curiosidade enorme sobre essa mulher que literalmente monopolizava o meu tempo, em uma semana eu já estava completamente interessado, e trocar e-mails não era mais suficiente, eu queria mais, queria conhece-la, saber tudo sobre ela, então o próximo passo era facilmente previsível, o celular.
Pedi o número, ela mandou, perguntei se poderia ligar, se não iria causar algum problema, ela disse que não haveria problema, mas que se não pudesse atender não atenderia, então lhe disse o meu número, para quando eu ligasse já soubesse que era eu.
Havia chegado o momento de me aproximar, de senti-la perto de mim, imediatamente liguei, o telefone tocou algumas vezes e ela atendeu, a voz tinha nitidamente um sotaque paulistano, fiquei meio sem saber o que falar, com medo de falar alguma bobagem e “queimar” aquela que era uma das mulheres mais interessantes que eu já havia conhecido, mas tudo correu bem, falamos apenas alguns minutos, eu não queria atrapalha-la.
Depois de desligar o telefone fiquei alguns segundos ainda ouvindo a sua voz dentro da minha cabeça. Então mandei um e-mail, disse que adorei a voz, ela foi educada e retribuiu o elogio, dizendo que meu sotaque carioca era muito “carregado”, isso não foi propriamente um elogio, mas também não foi uma crítica...rsrs...
Depois da ligação Sílvia fez questão de deixar uma coisa bem clara, ela ainda vivia com uma pessoa, então não poderia me atender a qualquer hora, principalmente a noite e finais de semana, nosso contato ficaria restrito praticamente ao período de trabalho. A separação estava sendo bastante trabalhosa, e se a pessoa soubesse que havia uma outra pessoa envolvida, isso com certeza iria dificultar ainda mais.
A cada etapa vencida eu queria mais, queria falar com ela novamente, ouvir mais a voz daquela mulher que estava fazendo meu coração bater bem mais rápido, e claro, queria vê-la, queria saber como era, ela se descreveu como uma mulher de estatura baixa, um metro e cinquenta e cinco, magra, pesava quarenta e oito quilos, cabelos castanhos e olhos verdes, pela descrição parecia ser muito bonita, e da mesma forma eu me descrevi para ela, mas é claro que uma foto transforma as palavras em vida, eu queria ver uma foto, então pedi.

Obviamente meu pedido não foi atendido de imediato, como toda mulher fez um certo charme, a curiosidade é a arma de toda mulher (e uma das fraquezas também..rs), eu não sou muito curioso, mas confesso que aquela altura do campeonato eu já estava bastante curioso, já estava há algum tempo tentando imaginar como ela seria, se a imagem iria corresponder as minhas expectativas.

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