terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cap3 - Pag2

Claro que quis saber mais sobre essa poesia, e principalmente se haviam outras, ela disse que tinha esse hábito desde adolescente, sempre colocava em versos o que estava sentindo, disse a ela que havia adorado e que queria conhecer as outras poesias, ela ficou de me mandar mais, já que eu havia gostado tanto.
Mas a pergunta que mais me intrigava era, para quem tinha feito aquela poesia que me mandara? Teria sido para mim? Será que escreveu aqueles versos pensando em mim? Eu não podia permanecer com essa dúvida, tinha que perguntar, e a resposta foi exatamente a que eu queria ouvir, foi para mim sim, havia escrito aqueles versos inspirada em mim.
Fiquei encantado com aquilo, como uma mulher tão forte também conseguia conciliar uma atividade tão delicada quanto escrever poesias, ser uma executiva de um lado e do outro uma poetiza, ela era realmente incrível, a cada dia ficava mais envolvido, mais apaixonado. E o fato de abrir esse outro lado para mim significava que ela estava se envolvendo também, era tudo que eu queria.
Dependendo do dia nossos e-mails ganhavam um ou outro enfoque, podiam ser um verdadeiro jogo de xadrez, onde um tentava deixar o outro sem saída, ou podiam ser uma troca de carinhos, com declarações explícitas de afeto, mostrando o que cada um dos corações ansiava. Nossos telefonemas eram diários, nos falávamos diversas vezes ao dia, minha conta do celular deu um pico, chegamos a ficar horas nos falando, literalmente namorando ao telefone. A vontade de estar com ela era imensa, mas ainda havia o problema da separação, um processo que foi se arrastando por tempo demais. Então estávamos limitados ao celular, nem mesmo ao seu encontro eu podia ir.
Como não me restavam muitas alternativas tinha que ir conhecendo-a via e-mail mesmo, a curiosidade era enorme, então eu quase a bombardeava com perguntas, acabei descobrindo que além de tudo ela tinha uma situação financeira relativamente confortável, o que lhe permitia certas extravagâncias, nem me atrevo a dizer o quanto ela gastava com os acessórios que usava, bolsas, carteiras, sapatos, cintos, perfumes, e principalmente lingeries.
As lingeries dedicava uma atenção especial, ela que sempre andava muito bem vestida tinha um carinho especial pela roupa de baixo, os corpetes eram quase que obrigatórios, não por que precisasse deles para modelar a silhueta, era apenas por que achava mais sexy, e as meias obviamente eram sete-oitavos, claro que tudo combinando, ela tinha uma verdadeira coleção de lingeries, poderia passar 3 meses sem repetir um conjunto, daria para abrir uma loja de lingeries se quisesse. Podia-se dizer que ela saía de casa vestida para matar.
Claro que à medida que nosso relacionamento aumentava também aumentava a intimidade, isso ocorreu de forma natural, minha curiosidade também se estendia ao que ela sentia, de que forma sentia, como gostava, etc. Amar aquela mulher já era algo maravilhoso, imagine então fazer amor com ela, deveria ser algo divino. Então começamos a falar de vida sexual, de preferencias, etc. Isso tornou a troca de e-mails ainda mais estimulante.

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