segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cap. 4 - Final

       Perdi o controle e comecei a penetrá-la sem parar, ela mordeu minha orelha, dizia coisas sem nexo, coisas que eu não conseguia entender, passava as mãos nos meus cabelos, o corpo todo se mexia, eu já não tinha mais noção de nada, estava entorpecido pelo prazer que consumia o meu corpo.
       Ela mordia o meu ombro, as unhas em minhas costas, me arranhando, me deixando ainda mais louco. Toda ansiedade que a espera havia nos causado estava agora sendo descarregada, não havia mais controle sobre nada, não estávamos fazendo amor, estávamos fazendo sexo, a adrenalina percorria o meu corpo, meu tesão transpirava pelos poros, eu não conseguia sentir nada além do que se passava naquela cama, ela me deixava num estado de êxtase total, meu tesão era enorme.
        Eu já estava a ponto de explodir, ela estava completamente excitada, a qualquer momento ela iria ter outro orgasmo, mas eu queria gozar junto, então tentei controlar o máximo que pude, até que senti que o momento estava chegando, ela arfava sem controle,  gemia muito, até que anunciou que ia gozar, então deixei que tudo viesse a tona, soltei todos os meus instintos, acompanhei-a, e foi então que tive o orgasmo mais intenso de toda minha vida, senti uma energia percorrendo meu corpo, todos os meus nervos repuxando, fazendo meus músculos se contraírem, senti uma onda tomando conta do meu corpo, eu latejando dentro dela, ela veio num orgasmo violento, gritou, me apertou com os músculos, como se quisesse tirar algo de mim, ai cravou as unhas nas minhas costas, senti a dor das unhas na minha carne, ao mesmo tempo que me acabava dentro dela, tudo se misturou, a dor e o prazer, perdi a noção, tudo dava prazer, minha respiração estava completamente alterada, tudo estava fora do ritmo, o coração acelerado, batendo forte, junto com o dela.
        Nos beijamos novamente, ainda sentindo os efeitos do orgasmo que tomou conta de nós. Aos poucos a onda foi passando, continuamos abraçados, fomos nos recuperando. Sai de cima e me deitei ao seu lado, Sílvia se virou, ficou de costas para mim, eu a abracei, ela se aconchegou em mim, ficamos apertados, meu peito tocando suas costas, meu braço ao redor da cintura. Ela colocou o braço sobre o meu, fazendo um carinho em mim, nessa posição eu conseguia sentir as batidas fortes do seu coração. Ficamos descansando assim por alguns minutos, mas o cansaço era grande, e acabamos adormecendo desse jeito, fomos carregados pelos braços de Morfeu.
Acordei por volta das nove horas da manhã, quando abri os olhos Sílvia não estava ao meu lado, havia apenas um bilhete sobre o travesseiro: “Meu amor, infelizmente não pude esperar você, tive que sair cedo, compromissos me aguardavam, mas quero que saiba que foi tudo maravilhoso, você me proporcionou talvez a melhor noite da minha vida, nem em meus melhores sonhos imaginaria que seria tão bom assim, você me faz muito feliz. Estou indo trabalhar rejuvenescida, acreditando novamente no amor, e que a felicidade realmente existe. Deixo aqui o meu beijo de bom dia para você, um beijo cheio de ternura, amor e carinho. Assim que puder ligo para você. Te adoro, beijos da tua Si.”
No bilhete havia também a marca de um beijo feito com batom, era possível sentir o perfume que ela usava. Li o bilhete diversas vezes, para ter certeza de que não tinha sonhado tudo aquilo, que tinha sido tudo real, me sentia como num conto de fadas, como se depois de um tempo tudo voltasse a ser o que era.
        Então pude dedicar um tempo a apreciar aquela suíte, fiquei por alguns segundos olhando para o quarto, somente agora, a luz do dia, era possível admirar a beleza e elegância daquela suíte, realmente ela tinha pensado em todos os detalhes, inclusive na roupa que eu iria vestir no dia seguinte, ela havia comprado algumas peças para que eu pudesse trocar, por isso falou que eu não deveria me preocupar com o tempo que ficaria em São Paulo.
        A suíte era muito bem decorada, os móveis, a cor das paredes, as cortinas, tudo combinava. Fui tomar um banho, havia uma banheira de hidromassagem na suíte, fiquei olhando para ela e imaginando como poderíamos ter usado essa banheira, mas tudo bem, ficaria para outra oportunidade.
        Tomei meu banho, me vesti e fui tomar o café da manhã, na saída passei na recepção para fechar a conta, mas a conta já havia sido paga, não sei por que mas isso não me surpreendeu, então perguntei quanto era a diária daquela suíte, o atendente foi educado e não quis me dizer, mas disse apenas que era uma das suítes mais caras do hotel, isso também não foi surpresa.
        Peguei um taxi e fui para o aeroporto, embarquei na primeira ponte aérea disponível. Eu não sabia exatamente o que fazer, tinha muitas dúvidas, mas eu tinha duas certezas, a primeira: tinha que me mudar para São Paulo, procurar emprego em São Paulo com urgência, e a outra: estava completamente apaixonado por ela.

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