sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cap3 - Pag4

       Ela por sua vez passou a se especializar em me deixar em situações embaraçosas, adorava me deixar na “saia justa”, sempre que sabia que eu estava numa situação digamos séria (tipo reunião) ela ficava me mandando torpedos pelo celular, ai era um problema..rs.. eu ficava doido querendo ler, mas não podia, e se eu não respondesse recebia mais torpedos, algumas vezes tive que sair da sala para responder, nessas ocasiões ela costumava ser particularmente mais apimentada, a provocação ficava bem explícita, o objetivo não era apenas me deixar curioso, era me deixar excitado também, e ela sabia muito bem como conseguir isso. Então a tortura era bem maior, em alguns momentos o suor chegava escorrer pela testa. Essa era uma das suas diversões prediletas.
       Naquela época eu também dava aulas no curso noturno do Senac, minhas aulas eram às terças e quintas-feiras, e ela sabia disso, sabia inclusive o horário da aula. Então teve um dia que ela não quis me dizer de jeito nenhum a cor da lingerie que estava usando, fiz de tudo mas não teve como. Fiquei achando que esse seria um daqueles dias que ia ficar só na vontade, sem saber o que ela estava vestindo.
      Quando eu menos esperava chegou uma mensagem no celular, eu nunca fui de atender celular durante a aula, mas fui olhar para ver de quem era a mensagem, afinal podia ser alguma coisa urgente, quando vi a mensagem era dela, fiquei surpreso, afinal ela não era de me mandar mensagens naquele horário, então abri, na mensagem estava escrito apenas: “all black”, aquilo me atingiu como uma bomba, era literalmente um torpedo, e quase me levou a pique, fiquei zonzo por alguns segundos, imaginando a lingerie que ela tinha usado, tudo passou pela minha cabeça, e isso em plena aula.
      Tive que parar a aula, dei um intervalo ao pessoal e me sentei, fiquei lendo a mensagem novamente, pensando no quanto ela havia planejado isso, o dia todo sem me responder, só para me deixar curioso, ai mandou no momento que seria mais difícil para mim, ela sabia que ia me deixar doido, sabia que ia me deixar numa situação difícil, numa saia justíssima.
       Ela planejou tudo, e executou com perfeição. Embora eu estivesse morrendo de vontade eu não respondi a mensagem, poderia causar problemas. Fiquei pacientemente esperando pelo dia seguinte, quase não dormi de tanta ansiedade, assim que cheguei na sala liguei o computador e mandei um e-mail, eu já imaginava que a resposta não viria rápido, como de costume ia me deixar esperando um pouco, me “cozinhando”, quanto mais ansioso eu ficasse melhor.

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