segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cap4 - Pag3

        Eu estava uma pilha, dez minutos nos separavam, nunca estivemos tão perto, tentei me controlar, não ficar mais nervoso do que já estava. Saí do avião, entrei naquele túnel que leva até a saída para pegar as malas, mas hoje eu não teria que me preocupar com malas, passei direto pela saída e fui procura-la, mas não a avistei.
        Olhei em todas as direções e não a vi, fiquei perdido, não era possível ela ter feito isso comigo, me levado até lá e não aparecer, não dar um sinal de vida ou mandar uma mensagem, então fui olhar o celular, nada, não havia nada dela, minha frustração era enorme, não sabia o que fazer, então fui ligar para ela, e para piorar as coisas estava em caixa postal. Agora estava perdido, não sabia o que fazer.
Foi nesse momento que um homem se aproximou de mim, e perguntou se eu era Rafael, com cara de espanto respondi que sim. O homem não disse mais nada, apenas me entregou uma chave, e foi embora, não entendi absolutamente nada, fui atrás dele e perguntei o que significava aquilo, ele me disse que também não sabia, que tinha sido pago apenas para me entregar essa chave, quis saber quem pagou para me entregar essa chave, ele disse que também não sabia quem era, apenas fez o que foi combinado e foi pago para isso. Perguntei de onde era aquela chave, o que ela abria, ele também não sabia, disse que foi lá apenas me entregar a chave, e foi embora.
Fiquei olhando para aquela chave sem fazer a mínima ideia do que ela abria, nem o que era para eu encontrar, foi ai que chegou uma mensagem no meu celular, era dela, e dizia o seguinte: “em quinze minutos um celular vai tocar, você precisa atender a chamada, senão pode pegar o próximo voo de volta para o Rio”.
        Claro que fiquei ainda mais perdido, não sabia o que fazer, então botei a cabeça para pensar, eu só tinha quinze minutos, logo em seguida recebi outra mensagem dela: “não desperdice seu tempo ligando para mim ou me mandando mensagens, eu não vou atender”. Ela leu meus pensamentos, sabia que eu ia tentar acha-la, então não adiantava nem tentar, melhor me focar em descobrir o que aquela chave abria, seja lá o que fosse que essa chave abria não devia estar muito longe, senão não conseguiria achar em quinze minutos. Comecei a perguntar então as pessoas do aeroporto, entrei numa loja, em duas, e ninguém sabia que chave era aquela, perdi uns cinco minutos nisso, eu olhava para o relógio e via o tempo acabando, eu sentia como se ela estivesse escorregando entre meus dedos.
Continuei perguntando, até que um menino que carrega malas me viu perguntando a outra pessoa e me disse: “essa chave parece com aquelas do guarda volumes”, bingo, o garoto havia acertado, provavelmente ela deixou o celular dentro de um guardar volumes, sai correndo para o guarda volumes, chegando lá vi que deveria ter uns duzentos armários, ai entrei em pânico, não haveria como testar a chave em todos eles, como iria achar o armário certo?
       Tinha que ter alguma coisa que identificasse, olhei para o relógio e me sobravam apenas dois minutos, eu poderia ficar esperando o celular tocar, ai saberia qual era, mas era arriscado, e se ela desse apenas três toques? Poderia não dar tempo, melhor seria achar o tal armário, tentei adivinhar qual era, mas errei, fiz isso três vezes e errei, era como procurar uma agulha num palheiro.

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