quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Cruzeiro de swing passa por litoral brasileiro

A temporada brasileira de cruzeiros 2014/2015 contará com uma viagem dedicada a casais adeptos do "swing" entre seus roteiros. A agência Casal First Tour anunciou nesta terça-feira (23) que já iniciou as vendas do cruzeiro "Samba Swing Tango", que sairá do Rio de Janeiro no dia 15 de janeiro de 2015 e, durante oito dias, visitará Búzios, Punta del Este e Buenos Aires.

A jornada será realizada a bordo do navio Azamara Journey, que tem capacidade para comportar até 375 casais. "Estamos esperando lotação máxima", conta o proprietário da Casal First Tour, Paulo Macedo. "Também vendemos pacotes para cruzeiros desse tipo no exterior e sempre há brasileiros entre nossos clientes. Essa é a primeira vez que promovemos uma viagem marítima para casais liberais dentro do país e nossa expectativa é a de que haja muita procura por passagens".

Macedo calcula que a faixa etária do público do navio deve variar, em média, entre 35 e 50 anos. "E com certeza haverá muitos estrangeiros no meio, pois o apelo do Brasil lá fora é muito forte".

A bordo, os hóspedes têm a opção de não usar roupa. "A nudez não é obrigatória", informa a First Tour, "mas quem quiser aproveitar o verão para eliminar a marquinha do biquíni poderá ficar à vontade". Além de visitar os destinos brasileiros, uruguaios e argentinos, os hóspedes participarão de festas do navio que são classificadas como "charmosas e sensuais". Relações íntimas, porém, só podem ocorrer em alguns espaços determinados da embarcação.

Os pacotes da viagem custam a partir de US$ 1.500 por pessoa. O preço abrange todas as refeições a bordo, mas não inclui bebidas alcoólicas e a passagem áerea entre Buenos Aires (ponto final da jornada) e o Brasil.

Na piscina dos navios, a paquera rola solta e o clima é quente, mas o sexo explícito é proibido
"A primeira coisa a desmistificar é que, ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, os casais não ficam transando que nem loucos o tempo todo da viagem", diz Paulo, explicando que o sexo acontece mais intensamente quando anoitece. "É claro que durante o dia, a paquera rola solta entre os casais, o que vai criando um clima de intimidade, as pessoas vão se conhecendo e descobrindo afinidades", completa.

Praticante de swing há mais de cinco anos, o casal formado por Gustavo, 39 anos, e Sol, 42, que prefere não revelar seu sobrenome, conhece bem esse flerte que rola a bordo. "No final da tarde, muitos casais vão à piscina tomar sol, você pode ficar nu, de biquíni ou do jeito como preferir. O clima esquenta quando começam as brincadeiras", conta ela, referindo-se às atividades recreativas promovidas pelos organizadores da viagem: desde desfiles de lingeries a shows de sedução que, embora não mostrem cenas de sexo explícito, são bastante eróticos.

Além do ambiente da piscina, outra área onde o clima fica mais quente é a boate. "Toda noite, depois do jantar, os casais vão para lá, eventualmente vestidos de acordo com um tema proposto, que pode ser 'Noite do Branco' ou 'Noite das Máscaras'", detalha Sol. "Neste local a paquera é intensa, muitos dançam coladinhos e as mulheres começam a se beijar", completa a suingueira.

Mesmo na piscina e na boate do navio, no entanto, apenas a paquera e as brincadeiras eróticas são permitidas. Sexo, só nas cabines ou no playroom.

E é no playroom que o sexo coletivo acontece. São várias camas artisticamente arranjadas e que podem ser parcialmente separadas por véus transparentes. Decorado com imagens eróticas, o playroom fica aberto até de madrugada. Sempre à meia luz, "os casais podem fazer trocas, transarem em grupos ou exibirem-se uns para os outros", revela Gustavo.


O playroom é o lugar da ação nos cruzeiros de swing. Lá, a nudez e o sexo são liberados

Como Gustavo sugere, nem todos os pares a bordo se comportam do mesmo modo no playroom.

De maneira geral, eles podem ser divididos em: voyeurs, aqueles que apenas observam os outros casais em ação; exibicionistas, que gostam de transar em público, mas não fazem trocas; softs, que topam fazer as preliminares com outros, mas penetração só com o(a) parceiro(a); os que curtem sexo a três -- na maioria da vezes, um casal acompanhado de uma mulher -- e os troca-troca geral, para quem vale-tudo, sem restrições.

"É comum que um casal que viaja pela primeira vez neste tipo de cruzeiro apenas observe e não faça sexo com outro casal", avalia Paulo. "Nas viagens seguintes, ele vão se soltando e começam a praticar o swing com mais naturalidade", prossegue.

De acordo com Paulo, os brasileiros exigem muito mais discrição do que os europeus e americanos na hora de contratar um cruzeiro. "Eles têm pavor que outras pessoas fora do meio do swing saibam que fazem esse tipo de viagem. Muitos até contratam o serviço diretamente no exterior para tentar se proteger ainda mais", aponta o empresário.


Fazer esse tipo de turismo não custa barato. Como nenhum cruzeiro parte de um porto brasileiro, as viagens têm que ser feitas no exterior, o que encarece mais a conta.

"Em média, uma cabine para dois custa R$ 8 mil e você tem que somar a isso os R$ 2 mil da passagem aérea, por pessoa, até o destino da partida do navio", calcula Sol.

"Isso acaba restringindo o público a casais com alto poder aquisitivo e não tão jovens, a faixa etária fica entre 35 e 50 anos", acrescenta Paulo.

Independentemente das restrições financeiras, esse nicho do mercado de Turismo não é nada pequeno. Numa estimativa para a rede de TV americana ABC, o site AdultFriendFinder, uma das maiores comunidades online de troca de casais, calculou que há atualmente 10 milhões de praticantes de swing no mundo. Público suficiente para lotar vários navios como o que passou pela Europa em junho.
Ofertas no exterior

Se no Brasil os cruzeiros de "swing" ainda não são difundidos, no exterior a realidade é diferente. Existem diversas empresas estrangeiras que vendem viagens marítimas para casais liberais (e alguns navios chegam a comportar mais de mil casais).

(REALMENTE, ENCONTRAR COM UM CONHECIDO NUM LUGAR DESSES DEVE SER MEIO CONSTRANGEDOR. NESSE CASO É MENOS MAU, ESTÃO OS DOIS NA MESMA SITUAÇÃO, MAS SE ALGUM CONHECIDO SOUBER QUE VOCE FOI, COM CERTEZA VAI FAZER ALGUM JULGAMENTO. DENTRO DE UM FALSO MORALISMO, MAS VAI).

Fonte: http://www.casalfirsttour.com.br/cruzeiro-de-swing-passa-por-litoral-brasileiro/materias/cruzeiro-de-swing-passa-por-litoral-brasileiro

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