quarta-feira, 8 de abril de 2015

A escola precisa mudar antes que se descubra desnecessária.

Plínio Fraga

Quadro negro e giz são símbolos não de aprendizado, mas de chatice. A escola está fora da realidade dos jovens em instrumentação, temas, abordagem.  Pesquisa já mostrou que 40,44% do 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deveria estar estudando se mantêm fora da sala de aula porque querem.
Apenas 17,11% apontam a necessidade de trabalho como razão para deixar os estudos. O imperativo econômico é acachapantemente derrotado pela incapacidade institucional da escola de mostrar-se, se não prazerosa, ao menos necessária ao jovem entre 15 e 17 anos.

Não é uma questão de linguagem. Os jovens estão aí escrevendo “kd”, “vc”, “blz” e “naum” em blogs, em e-mails e em mensagens via celular. Será um problema esse uso despojado e limitado da escrita? Se for, é infinitamente menor do que o enfrentado por um professor que está em uma sala de aula -estruturalmente a mesma há centenas de anos- concorrendo na busca da atenção do jovem com tecnologias informativas que se renovam, se moldam e se multiplicam diariamente, em escala mundial.

Uma ideia na cabeça e um giz na mão é uma imagem quixotesca de professor. Não adianta ficar em frente ao quadro explicando aos jovens a existência de moinhos de vento tão-somente. Moinhos não mais há, num mundo em que dom Quixote procuraria a amada Dulcinéia em uma página do Facebook.

“Os professores eram muito chatos. Não sabiam explicar nada e repetiam todo mundo”, afirmou uma jovem que deixou a escola aos 16 anos e em seguida engravidou. O desafio do sistema educacional é apagar essa ideia de chatice. Será preciso algo infinitamente mais complexo do que um simples apagador de giz.

O jornal “The Independent” havia anunciado em reportagem que a Finlândia extinguiria o modelo tradicional de ensino por meio de matérias, substituindo-o por tópicos. Mas o Ministério da Educação da Finlândia esclareceu que continuará ministrando aulas como matemática, história, geografia e ciências. Acrescentará módulos novos como, por exemplo, cidadania, União Europeia, globalização, aquecimento global.

Lá alguém está tentando alguma coisa. E por aqui? O país ainda enfrenta a questão rudimentar de ensinar mal o que já parece ultrapassado.

(COMO DIRIA O EX-VICE PRESIDENTE AMERICANO AL GORE, ESSA É UMA INCÔMODA VERDADE - MAIS UMA DELAS.

SINCERAMENTE NÃO SEI COMO UM PROFESSOR CONSEGUE DAR AULA NUMA TURMA ONDE TODOS ESTÃO OLHANDO O CELULAR.

A SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL NÃO É BOA, PRA NÃO DIZER PÉSSIMA. TALVEZ OS NÚMEROS SEJAM AINDA PIORES. ATÉ MESMO ENTRE OS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA (O QUE NÃO É GRANDE COISA) ESTAMOS NA RABEIRA DA ESCOLARIDADE, SE COMPARARMOS AO RESTO DO MUNDO ENTÃO, AI MESMO QUE DESPENCAMOS NO RANKING.

ACHO QUE TODOS SABEM O QUE ESTÁ ACONTECENDO, PROFESSORES SEM AS CONDIÇÕES MÍNIMAS DE TRABALHO, SENDO “ACUADOS” DENTRO DAS SALAS DE AULA, ALUNOS QUE NÃO TEM INTERESSE EM APRENDER POR QUE LÁ FORA CONSEGUEM AS COISAS COM MAIS “FACILIDADE”, E O QUE SE OUVE É: PRA QUE ESTUDAR?

O PODER PÚBLICO NÃO SE INTERESSA, ALUNOS TEM APROVAÇÃO “AUTOMÁTICA” – É PROIBIDO REPROVAR O ALUNO (?!)

E O QUE SE VÊ É UMA MASSA QUE NÃO PENSA (E NÃO QUER PENSAR), UMA MASSA QUE É MAIS FACILMENTE MANIPULÁVEL, E QUE QUER GANHAR BOLSA FAMÍLIA PARA NÃO PRECISAR TRABALHAR – ENTÃO, PARA QUE ESTUDAR?

JÁ NÃO EXISTE MAIS MÉRITO EM ESTUDAR. É COMO ELE DISSE NO TEXTO, OS PROFESSORES SÃO VERDADEIROS DOM QUIXOTES... )

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/plinio-fraga/a-escola-precisa-mudar-antes-que-se-descubra-113057381.html

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