quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CAP. 6 - A LIÇÃO - PAG.1

        Aquele poderia ter sido um dia absolutamente normal, mas não foi, aquele na verdade se transformou num dia inesquecível, e de certa forma muito doloroso também. Não sei por que, mas aquele dia eu estava particularmente irônico, o que não era muito comum, porque quando estava “com” ela eu ficava muito feliz.
        O dia começou normal, com as trocas de e-mails que costumávamos fazer, o bom dia, como foi a noite, etc., mas com o passar do tempo eu fui deixando o lado irônico aparecer, durante as nossas trocas de e-mails eu fui passando a provoca-la um pouco, mais tarde iria descobrir que essa não era uma boa ideia, e que ela usaria esse episódio como a uma lição que iria me ensinar.
        Ela foi me avisando de que provoca-la não era uma boa ideia, e que isso poderia não ser muito bom para a minha “saúde”, claro que não dei muito crédito, achei que era apenas uma forma de me fazer parar, e claro que me senti tentado a continuar a provocação. Resolvi pagar para ver o que ela faria, queria ver até onde iria com tudo aquilo. Meus e-mails passaram de irônicos para provocadores, ela continuou me avisando sobre as consequências que os meus e-mails poderiam ter, e eu literalmente ignorando os seus avisos, para dizer a verdade já estava até curioso para saber o que poderia fazer.
        Quando era por volta do meio dia ela me avisou de que não estaria na empresa a tarde e que ficaríamos sem nos correspondermos, claro que eu aproveitei aquilo para provocar um pouco mais, perguntei se ela estaria “fugindo” da briga...rsrs... como era de se esperar ela disse que não estava fugindo, que não era mulher de fugir de nada, mas que teria que resolver um assunto na parte da tarde, e eu respondi que seria uma tarde muito longa sem ela.
        Por volta das quatorze horas meu celular tocou, era ela, fiquei surpreso, não espera ter notícias dela na parte da tarde. Atendi de imediato a chamada, e disse um caloroso “oi amor”, ela me respondeu também com um “oi amor”, mas senti na sua voz o mesmo tom irônico que eu havia usado durante toda a manhã, claro que fiquei novamente surpreso, dava para sentir na voz dela que estava levemente irritada, agora ela era que provocava, e disparou:
- Está tudo bem com você coração?
- Sim amor, está tudo bem.
- Que bom que está bem, lembra de hoje cedo? Quando me provocou a manhã inteira?
- Lembro amor, mas você não levou isso a sério não é?
- Eu avisei que você não deveria fazer aquilo.
- Amor, eu estava só brincando com você...rs
- Que bom que se divertiu, por que agora vai ser a minha vez.
- Amor você não precisa ser vingativa...rs
- Não é questão de ser vingativa, mas sim de ensinar uma lição.
- Como assim ensinar uma lição?
- Você precisa de uma lição, para nunca mais repetir o erro que cometeu hoje.
Nessa hora percebi que não era nenhuma brincadeira, e isso me deixou bastante preocupado e inseguro. Ela continuou:
- Esqueci de te contar uma coisa, hoje é a festa de confraternização de final de ano da empresa, e VOCÊ vai me ajudar a escolher o vestido que vou usar na festa.
- Como assim eu te ajudar a escolher?
- Ajudando.
- Amor, onde você está?
- Adivinha.
- Você não está numa loja de roupas, não é?
- Estou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário