terça-feira, 3 de março de 2015

Custom Gender: Facebook Brasil lança ferramenta de personalização de gênero.

Os usuários do Facebook agora contam com uma nova opção na hora de preencher as informações de perfil dentro da rede social. Na categoria gênero, além dos tradicionais masculino e feminino, o Facebook Brasil acaba de disponibilizar a ferramenta de Custom Gender - em português, personalização de gênero.

A alternativa - em funcionamento desde fevereiro de 2014, nos Estados Unidos -, possibilita ao usuário a escolha do gênero em que "melhor se encaixa", reforçando a maior capacidade do usuário em se "expressar completamente dentro da plataforma", disse Bruno Magrani, líder de políticas públicas do Facebook Brasil.

E como funciona?

Para ativar a nova função, basta acessar o Facebook, clicar na opção Sobre do perfil e depois, no lado direito da tela, a opção Edite suas configurações básicas de contato.

No tópico gênero, ao clicar em Personalizado o usuário pode escolher entre as mais de 50 opções indicadas pelo Facebook, ou, se preferir, estabelecer um gênero "próprio", de acordo com a escolha do usuário.

Caso não se sinta confortável ou decida "se assumir virtualmente" para um grupo específico de amigos no facebook - familiares, colegas de trabalho, etc... -, o usuário pode ativar a função de controle de visibilidade.

Drag Queen ou Travesti?

Com 92 milhões de usuários ativos no Facebook, o Brasil é o segundo país da América Latina a receber a atualização da ferramenta.

Assim como na implementação do Custom Gender na Argentina - o primeiro país latino a ativar a função, ainda 2014 -, todo o processo de personalização da plataforma foi feito em parceria com grupos e representantes da comunidade LGBTTT.

No Brasil, entidades como a Articulação Nacional das Travestis, Trasexuais e Transgêneros do Brasil, a Antra, além de nomes como o transsexual João Nery, a cartunista Laerte Coutinho, a socióloga Berenice Bento e o deputado federal Jean Wyllys foram convidados para trabalhar na construção da lista de gêneros nacional.

"Era inadmissível que as pessoas transsexuais estivessem pela metade nas redes sociais", disse o Wyllys, que interpreta a ativação da ferramenta como um importante "ato político" para o maior reconhecimento da comunidade LGBTTT no Brasil.

O Deputado aproveitou o próprio Facebook para publicar um vídeo em que comenta o lançamento da ferramenta:

Post by Jean Wyllys.

Segundo Magrani, o Facebook vai ficar atento para que ações marcadas pelo discurso de ódio ou uso de termos "ofensivos" na personalização do gênero não sejam usados dentro da plataforma.

Além de Argentina e Brasil, fora dos Estados Unidos a ferramenta pode ser encontrada no Reino Unido, Canadá, Austrália, Espanha, França, Itália, Alemanha e Dinamarca.

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2015/03/02/_n_6785998.html?utm_hp_ref=brazil

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