segunda-feira, 21 de julho de 2014

CAP. 5 - PAG. 3

        Uma coisa que aprendi sobre Sílvia, era que sua liberdade era uma das coisas mais importantes do mundo, jamais aceitaria ser tolhida por quem quer que fosse, a independência dela estava acima de qualquer coisa. Tentar reprimir isso seria um erro enorme, só iria gerar desgaste e provavelmente o término da relação, ela jamais se submeteria a um homem para preservar uma relação.
        Se a pessoa não soubesse respeitar a sua liberdade, com toda certeza não serviria para ela. Isso era um sinal bem claro que de que alimentar um ciúme excessivo só serviria para desgastar a relação, eu teria que aprender a controlar isso. Eu nunca fui muito ciumento, mas eu sentia ciúme dela sim, negar isso seria negar o óbvio. Principalmente quando a imaginava todos os dias linda e muito bem vestida, levando cantadas de todos os homens com quem tinha contato. Imaginava os almoços com clientes, tendo que dar atenção a eles, tendo que sorrir de forma elegante mesmo quando era cantada.
A gente sabe que toda mulher se sente envaidecida quando recebe uma cantada, quando se sente desejada, mas tem limite para tudo, e às vezes, quando a coisa passa dos limites ao invés de deixar uma mulher feliz, começa a aborrecer, muitas vezes por causa de questões profissionais, ela tem que sorrir, mesmo quando está com vontade de dar um tapa na cara do sujeito.
        Ela não costumava comentar esse tipo de assunto comigo, mas era óbvio que essas situações aconteciam, é como diz o ditado, o que os olhos não veem, o coração não sente. Eu tinha certeza que ela sabia sair desse tipo de situação, era muito inteligente, mas mesmo assim a situação me incomodava um pouco, a melhor coisa a fazer era me disciplinar para não sentir ciúmes, isso não iria ajudar em nada, e tinha que confiar nela.
Depois fiquei imaginando-a saltando de paraquedas, aparentemente isso não combinava muito com a imagem que tinha dela, executiva, salto alto, aquilo realmente me surpreendeu, ai fiquei curioso pensando o que mais ela fazia, claro que ia perguntar:
        Um dia estávamos falando pelo celular, ai perguntei:
- Amor, o que mais você pratica?
- Já fiz defesa pessoal, arco e flecha, tiro e mergulho, também fiz curso de pilotagem.
- Para que isso tudo?
- Uma mulher precisa saber se defender, ainda mais morando em São Paulo....rs
- Você anda armada?.....rs
- Só com as minhas mãos...rs
- Putz....rsrs... e hoje você faz paraquedismo....
- Paraquedismo e Muay Thai
- Muay Thai também?
- Sim....rsrrss
- Karaca....rsrsrs (me senti como se estivesse namorando a Angelina Jolie....rs)
Realmente ela era uma mulher surpreendente, seus talentos pareciam não ter fim, o que ela se propusesse a fazer com certeza faria muito bem feito.

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