domingo, 20 de julho de 2014

O universo paralelo das casas de swing.

Por Thaís Pontes

Você já parou pra pensar sobre seus desejos sexuais? Deixe de fora compromissos e preconceitos. O que você tem vontade fazer, sexualmente falando? Talvez você nem consiga imaginar, porque nem tem consciência da amplitude que a resposta pode ter.

Agora se imagine num universo paralelo, tipo um mundo de Nárnia, onde preconceitos e culpa não podem entrar. Você entra no guarda-roupas e sai do outro lado livre de tudo que poderia trazer qualquer pudor.

Usei essa analogia para introduzir um assunto ousado: casas de swing. Entrar em um lugar como esse é, antes de tudo, uma experiência antropológica ímpar. Como eu disse, é um universo paralelo onde ninguém vai julgá-lo por realizar quaisquer desejos sexuais com qualquer um, desde que a outra pessoa esteja de comum acordo.

E que diabos as pessoas fazem nesse lugar? Sexo. Sexo com seus maridos, namorados, maridos ou namorados de outras, outras. Em casas de swing héteros, mulheres se pegam. Homens, na maioria das vezes, não. Então, no geral, há troca de casais, interação entre casais e, sobretudo, mulheres se pegando. Meio machista, porém compreensível.

Mesmo que você diga que acha isso tudo muito fora de comum, o ambiente é tão envolvente que, num piscar de olhos, seus princípios mudaram. Em Nárnia, o rei é um leão. No início pode soar estranho, mas naquele universo é tudo completamente verossímil. Assim como transgredir o que você considera sexualmente normal no mundo real e completamente possível numa casa de swing.

O mais legal é que, ao contrário de Nárnia, no swing não tem vilão. O respeito com o qual as pessoas se tratam é impressionante. Ninguém faz absolutamente nada sem consentimento. Para tudo funcionar bem, ninguém pode burlar as regras: não registrar nada (fotos, vídeos e tal) e não fazer nada sem o consentimento da outra pessoa ou casal. Em geral, as regras não são quebradas mesmo.

Se você desconfia das pessoas que frequentam "esse tipo" de lugar, não se engane: são tão normais quanto você pensa ser. Não se tratam de depravados ou pervertidos sexuais (em geral, pelo menos).

São casais de namorados, maridos e mulheres ou amigos coloridos atrás de um pouco de aventura, de algo diferente. Colhi alguns depoimentos de pessoas que frequentam esse tipo de estabelecimento para entendermos melhor o mote disso tudo:

"Eu e meu marido frequentamos swing há pelo menos quatro anos. Quando tínhamos dez anos de casados resolvemos experimentar pela primeira vez. Nosso casamento estava sexualmente morno, fadado a esfriar de vez. O swing nos trouxe um excitação que nunca tínhamos sentido. É como se você perdesse o egoísmo sexual e finalmente consegue sentir prazer de verdade. Fazemos troca de casal, interagimos com outros casais e gostamos muito de assistir.Nosso sexo em casa durante o resto da semana é sempre incrível, reflexo do que vivemos na quinta-feira no swing" — A.G., 36 anos.

"Comecei a fazer parte dessa comunidade sensacional há poucos meses. Foi a minha ex-namorada quem me trouxe pela primeira vez. Hoje não estou mais com ela, mas continuo vindo. Não gosto de casas que deixam homens entrar sozinhos, por isso sempre trago amigas também interessadas em sexo e diversão. Isso aqui é minha terapia. Com muito respeito, todo mundo se diverte e se realiza. É muito gostoso" — C.O. 28 anos.

"Eu sou heterossexual, mas adoro trazer outra mulher pra cama quando estou com meu namorado. Não gosto que ele penetre outras e nem beije na boca, mas o resto está valendo. A gente se diverte e sente muito, muito prazer. E quando se tem a mente aberta e muita confiança no próprio taco, não existe essa coisa de ciúme no swing. Eu não me vejo mais sem" — M.T. 25 anos.

Vale lembrar, nesses casos, da importância do uso de muuuuuuuitas camisinhas, né gente? E por hoje é só…

Fonte: https://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/o-universo-paralelo-das-casas-swing-225624257.html

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