sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ménage: fazer ou não fazer?

Por Carol Patrocínio

Entre as fantasias sexuais talvez o ménage seja a melhor aceita – quando realizada entre um homem e duas mulheres, obviamente – pela sociedade. É quase um consenso que três é melhor do que dois nessa hora.

Mas participar de um ménage não é algo para se fazer de maneira impulsiva. Muito menos se ele envolver pessoas por quem você nutre sentimentos. Lidar com ciúme, divisão e desapego são características fundamentais para o momento ser divertido para todo mundo.

Para definir o que você precisa pensar antes de mergulhar de cabeça nessa fantasia, eu parti do princípio de que estamos falando de um casal – hétero ou gay – que quer realizar, de comum acordo, a fantasia. Se você é uma pessoa sozinha e quer participar de um ménage com um casal, algumas dicas seriam diferentes.

Figura central

Em um ménage sempre existe uma figura central, aquela que será o foco dos participantes, que liga um ao outro e que não deve ser deixada de lado. Esse papel pode ser combinado antes, já que deixar para que isso aconteça naturalmente pode mudar totalmente a fantasia.

Essa pessoa participa o tempo todo de todas as brincadeiras, seja como protagonista ou não. Sempre há alguém a tocando ou dando atenção.

Se você deixar rolar pode ser que em alguns momentos a atenção fuja totalmente de você e é bom estar preparada para isso.

Dois homens ou duas mulheres?

A escolha da configuração do ménage é muito importante. Primeiro porque em um ménage de verdade todo mundo fica com todo mundo – não é como em contos eróticos ou filmes que apenas as mulheres se tocam e os homens ficam apenas olhando para a cara do outro, esperando sua vez.

É claro que quem decide isso são os participantes, então é bom você e os outros participantes estarem de acordo. Se forem duas mulheres e você não tiver interesse em outra garota, o ponto central da brincadeira será o gato.

Se você escolher se divertir com dois homens deve pensar em o que você acha de dupla penetração porque eles, certamente, já estarão pensando nisso.

A situação fica mais fácil para casais gays, afinal, todo mundo ali gosta do mesmo gênero e fica mais simples decidir quem serão os participantes.

Amigos ou contratados?

Depois de decidir o gênero dos participantes é hora de pensar no grau de ligação que você tem com eles. Pode ser muito legal fazer um ménage com sua melhor amiga ou o melhor amigo do gato, mas vocês saberão lidar com isso depois?

Se você pensa em contratar uma garota ou garoto de programa precisa ter certeza de que está fazendo a contratação certa. Não adianta nada você querer ser o centro da brincadeira e contratar uma garota que não gosta de outras mulheres, ou um cara que é gay. Tudo isso você descobre conversando.

As duas escolhas têm prós e contras, mas o que parece mais importante, a mim, é saber se a amizade vai sobreviver ao sexo. E como amigos sempre são mais importantes do que prazer, eu pisaria com cuidado nesse solo.

Em casa ou no motel?

Você teria problemas em olhar para cada cantinho da sua casa e lembrar o que aconteceu ali? Reviver o momento pode ser delicioso ou se tornar um pesadelo e ter isso em mente é importante para não transformar sua vida em um caos.

A casa garante aconchego e segurança. O motel garante outro tipo de segurança e uma aura sexual que não deixa dúvidas do motivo daquele encontro.

Quais os limites?

Antes de começar qualquer coisa é importante impor limites. É claro que você não vai fazer isso na hora H. Não dá para parar tudo, combinar as regras e então esperar o tesão aparecer de novo. Isso deve ser feito antes do encontro.

Troque e-mails com os envolvidos para criar um desenho da fantasia. Aliás, é importante lembrar que fantasia é isso,é encenação, são coisas combinadas. Só dessa maneira elas acontecem da forma que você imaginou. É claro que nem tudo está no script, mas é bom ter limites bem estipulados.

Entre esses limites você pode combinar quem será o centro, dizer se você quer ou não ser deixada de lado em algum momento, que tipo de contato físico os participantes terão, o uso de preservativos e o tipo de penetração que acontecerá.

Preparada para sobrar

Se você vai aceitar sobrar em alguns momentos da transa é bom estar preparada para isso. Nesse momento você verá a pessoa que você ama transando com alguém que não é você. A não ser para quem tem esse momento como fantasia, não é uma cena fácil de digerir.

Preparar sua cabeça para aceitar que isso faz parte do jogo e que não é uma traição faz parte da preparação para o ménage.

Ciúme e insegurança

Foi tudo lindo, todo mundo se divertiu e aí, de repente, você começa a pensar que podia ter ficado mais em evidência, que em dado momento o seu parceiro poderia ter dado mais atenção para você e que não o fez porque estava interessado demais na terceira pessoa da história...

Sim, isso acontece. E acontece porque as pessoas não estavam bem preparadas para vivenciar aquilo. Para participar de um ménage você precisa estar segura da sua relação, ter certeza de que ama e é amada – ou de que não ama e ser amada, ou não, não faz diferença para você – e que aquele momento não é nada mais do que a realização de uma fantasia com começo, meio e fim.

Enxergar que o sexo é apenas sexo e que as escolhas daquele momento representam apenas escolhas sexuais é muito importante para que você deixe todos os fantasmas de lado e possa guardar uma lembrança feliz e prazerosa do que rolou.

Sinal amarelo, verde ou vermelho?

Se depois de pensar em todos esses pontos burocráticos da questão você ainda estiver morrendo de vontade de testar se três não é demais, siga em frente. Se a ideia perdeu um pouco do brilho, tudo bem também, deixe-a guardada, abuse do seu uso na imaginação e deixe a execução no mundo real para um dia no futuro – ou assuma que pensar sobre é muito mais interessante do que fazer e curta a fantasia!

Fonte: https://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/m%C3%A9nage-fazer-ou-n%C3%A3o-fazer-095622018.html

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